Grupo RIC inicia campanha contra assédio nos ônibus de Londrina após diversas denúncias

por Redação RIC.com.br
com informações da RIC Record TV
Publicado em 2 set 2021, às 17h15.

O Grupo RIC Londrina, no norte do Paraná, iniciou, nesta terça-feira (31), a campanha #AssédioNoBusãoNão, com o objetivo de inibir a ação de pessoas que cometem os mais diversos tipos de assédio e importunação sexual no transporte coletivo da cidade. A iniciativa surgiu depois que uma telespectadora enviou o vídeo de um homem se masturbando em um ônibus circular. 

Assim que a matéria foi ao ar, várias mulheres entraram em contato com o setor de jornalismo para denunciar assédios que elas passaram: “O rapaz, ele acaba ficando se tocando por cima roupa”; “Senti algo encostando na minha perna”; “Ele tava tirando uma parte, me mostra e não fica nem um pouco preocupado se eu tava gravando ou não”; “Ela tava em pé no ônibus, daí onde que ela ia o cara ia atrás dela”; “Eu abri os olhos e era um homem fazendo carícia na minha perna. Eu fiquei congelada.”

A equipe da RIC TV Londrina percorreu, em diferentes horários, os nove terminais de ônibus da cidade entrevistando pessoas que frequentam cada um deles. A reclamação principal é quanto à falta de seguranças circulando pelos locais.

No contrato firmado entre a prefeitura da cidade e as empresas de transporte, em fevereiro deste ano (2021), existe uma cláusula que determina que deve haver segurança entre as 6h da manhã até às 24h. A contratação desses profissionais fica sob responsabilidade das empresas.

A Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) seria responsável por 65% dos vigilantes e a Londrisul por 35%. Na mesma época da assinatura dos documentos, a TCGL propôs rescindir o contrato alegando dificuldades financeiras devido à pandemia da Covid-19.

“A segurança nos terminais de transporte coletivo é uma obrigatoriedade contratual das concessionárias do transporte público em Londrina, ou seja, é de responsabilidade das empresas de ônibus. Ainda hoje, em contato com a equipe da CMTU, que é o órgão fiscalizador desses contratos, foi nos informado que os contratos estão normais, que a segurança está sendo feita normalmente, então eu pedi que fosse levantado exatamente a queixa eventual de alguns dos usuários, que se analise essas queixas e procure, claro, cada vez melhorar para que a gente possa ter uma segurança cada vez de melhor qualidade. Não existe nada que é bom que não possa ser melhorado. A gente tem que levar em conta queixa eventual dos usuários e procurar corrigir eventuais equívocos.”

reitera o prefeito Marcelo Belinati (PP).

 Com base nas denúncias e sentimentos de vulnerabilidade das mulheres nos terminais, o Grupo RIC Londrina iniciou a campanha em parceria com o 5° Batalhão da Polícia Militar e a 4ª Companhia Independente da Polícia Militar. Quem se sentir intimidada nos ônibus ou nos terminais deve denunciar pelo telefone 190. A intenção é conscientizar.

“A 4ª Companhia Independente de Polícia Militar está junto com a RIC TV nessa campanha contra o assédio. Se você foi vítima de assédio sexual, especialmente no interior dos ônibus de transporte coletivo, ligue 190, denuncie, ou nos acione pessoalmente caso você veja um policial militar próximo de você assim que o fato aconteceu. Nós, a Polícia Militar, estamos para ajudar, para proteger, faça contato conosco, porque uma vez identificado o suspeitos nós faremos a sua prisão e o encaminhamento para a autoridade policial civil para que sejam tomadas as medidas conforme prescreve a legislação penal.”

finaliza o comandante da 4ª CIA da PM, o Major Marcos Tordoro.