Nesta quarta-feira (12) servidores do Departamento de Parques e Praças, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), limparam a pichação feita em toda a extensão do painel de Poty Lazaroto, na Praça 19 de dezembro, obra que conta em azulejos a história da colonização do Paraná.
O pichador, LGFF, de 17 anos, foi detido em fragrante e encaminhado à Delegacia do Adolescente. Além de ter pichado o local público o menor ainda portava dois cigarros de maconha. A apreensão de LGFF foi feita por volta das 17h30 de terça-feira (10).
“Escondido atrás das estátuas da Praça 19 de dezembro, longe do alcance das câmeras, o rapaz fez pichação em plena luz do dia, mas acabou detido por agentes da Guarda que faziam ronda no local”, disse o inspetor Sicarlos Pereira Sampaio.
Custo – A cada ano a Prefeitura de Curitiba gasta cerca de R$ 1 milhão, mais custos operacionais, na recuperação do patrimônio público alvo de pichações.
“Diariamente as equipes do Meio Ambiente fazem a limpeza de praças e monumentos da cidade que são alvos dos pichadores. Manter a cidade limpa é um desafio permanente. É importante também que as pessoas denunciem essas ações para que a Prefeitura trabalhe em conjunto para coibir e garantir a manutenção do patrimônio público”, afirmou a secretária do Meio Ambiente Marilza Dias.
A população pode denunciar a ação de pichadores e vândalos pelo telefone 153, da Guarda Municipal. Além do custo para eliminar as pichações, a depredação de luminárias, postes, lâmpadas e furto de cabos causam um prejuízo anual de R$ 400 mil. De cada quatro lâmpadas trocadas pela Prefeitura, pelo menos uma é motivada por vandalismo.
Outros R$ 90 mil são investidos todos os anos na substituição de tampas e bueiros de ferro furtados na região central da capital. A recuperação de plantas e do mobiliário de parques e praças depredados consome mais R$ 45 mil anualmente.
Vandalismo – Segundo a URBS, no ano passado 932 ônibus, 106 deles em dias de jogos de futebol, foram alvos de vândalos, deixando para o sistema de transporte um prejuízo de R$ 202 mil. Se computados os custos com reparos diários em terminais e estações tubo, a despesa sobe para R$ 301 mil.
Se fossem trocadas as janelas de vidro de ônibus que estão riscadas este custo subiria para R$ 2,8 milhões. O sistema tem 35 mil janelas e destas, 11,3 mil estão riscadas. Neste ano, até 30 de agosto, o prejuízo com o vandalismo em 499 ônibus é de R$ 95 mil.
Parceria – A Secretaria Municipal da Defesa Social e o Poder Judiciário firmaram convênio inédito para recuperação de adolescentes infratores. Pelo acordo, os jovens que forem flagrados pichando cumprirão pena alternativa. Terão que acompanhar palestra socioeducativa, com o tema “educação ambiental”, aplicada por instrutores do curso de formação da Guarda Municipal.
Já os maiores de idade respondem pelo crime de pichação, previsto no artigo 65 da Lei de Crimes Ambientais. Eles também recebem uma multa administrativa de R$ 714,20. Além destas punições, os envolvidos ficam impedidos de participar de concurso público municipal pelo período de dois anos.