Homem que viu Tatiane Spitzer caída na calçada fala no júri de Manvailer

por Giselle Ulbrich
com informações de Daniela Borsuk, direto de Guarapuava
Publicado em 7 maio 2021, às 18h31. Atualizado às 18h45.

O homem que viu o corpo da advogada Tatiane Spitzer caído na calçada, e em seguida, viu Luis Felipe Manvailer carregando o corpo de volta para dentro do prédio onde o casal morava, foi interrogado no Tribunal do Júri de Guarapuava, nesta sexta-feira (07) a tarde. Antônio Marcos Machado é a décima testemunha a ser ouvida neste júri, que iniciou na última terça-feira (04).

Em seu depoimento, Antônio Marcos repete o depoimento que já deu à polícia no dia seguinte ao crime. Ele mora numa casa em frente ao prédio e diz que, por volta das 2h daquela madrugada, de 22 de junho de 2018, fumava em frente à residência quando olhou para cima do prédio e viu uma moça de cabelos pretos e longos e vestindo uma calça preta, na posição como se estivesse “à cavalo” na sacada, com o peito e um pé para fora.

Tatiane, disse ele, ficou por cerca de dois segundos nessa posição, enquanto discutia com o marido. Em seguida, voltou para dentro do apartamento. Depois, ele viu Luis Felipe ir até a sacada, onde ficou olhando para o horizonte e para baixo, balançando a cabeça negativamente. Depois, Manvailer entrou e Antônio Marcos diz que entrou para sua casa também.

Demorou cerca de sete a oito minutos para que ele escutasse um barulho que achou ser um vaso caindo no chão, já que não ouviu nenhum grito. Ele olhou para fora e viu Luis Felipe abrindo abruptamente a porta do prédio e sair chorando.

O vizinho da frente disse que calçou um tênis correndo e foi ver se Luis Felipe precisava de ajuda. Foi quando viu o corpo de Tatiane na calçada e falou para que Luis Felipe não tirasse a mulher dali, enquanto ele chamava o Siate e o Samu. Mas o companheiro de Tatiane disse que não adiantava chamar, pois ela já estava morta. Então pegou a mulher no colo e a levou de volta para o prédio, enquanto o vizinho da frente chamava as ambulâncias.

Imagens de câmeras de segurança foram apresentadas no júri, de Antônio Marcos atuando exatamente da mesma forma como descreve. Num dado momento, ele aparece ao telefone e gesticulando, levantando o braço para Manvailer. A testemunha afirma que fez aquilo indignado, achando errado o que o rapaz estava fazendo com o corpo da advogada, levanto de volta para o prédio.

A equipe do RIC Mais está no Fórum de Guarapuava, acompanhando o júri. Clique aqui e acompanhe o tempo real do júri.