Idosa resgatada de residência em suposta situação de abandono morre em Araucária
Uma idosa que foi encontrada pela polícia em suposta situação de abandono em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, morreu na manhã desta quinta-feira (8).
A mulher de 73 anos foi resgatada na terça-feira (6) depois que uma denúncia anônima informou que ela era mantida em cárcere privado em uma residência. Na ocasião, a equipe do Grupo Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), que atendeu a ocorrência, precisou estourar um cadeado para conseguir entrar no local e acessar a idosa que estava deitada em uma cama.
De acordo com o delegado Cristiano Quintas, do Tigre, ela foi entregue aos cuidados do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e acabou falecendo quando era encaminhada para um hospital.
“A hora que nós deixamos ela lá com o Creas, a assistente social falou que ia marcar uma visita médico in loco, considerando que a senhorinha não estava andando. Hoje de manhã então, por acionamento do Creas, o pessoal do Posto de Saúde foi lá visitar ela. Chegando lá, notaram que ela estava com uma certa dificuldade de respirar e chamaram o Siate. O Siate chegou, colocou na ambulância para remover até o hospital e no caminho ela acabou morrendo”, explica Quintas.
Com o óbito, o inquérito que iria apurar apenas o abandono de idoso, agora, irá verificar também se a morte ocorreu em decorrência da omissão. O delegado ressalta que a causa da morte foi apontada como natural pelo médico socorrista, mas exames e laudos serão analisados.
“O médico do Siate que a atendeu no local, atestou como morte natural. Isso tudo vai ser levado ao inquérito policial que já seria aberto para apurar o crime de abandono de idoso e agora, obviamente, também será levado em conta a morte da idosa. Nós vamos apurar no inquérito policial, através de exames e laudos, se a morte teve alguma ligação com o abandono”, explica o policial.
À polícia, ainda no dia do resgate, os filhos da idosa declararam que e revezavam para alimentá-la e fazer a higiene básica, já que ela não possuía uma cuidadora que a acompanhasse 24h por dia na residência.