Devido ao estado dos corpos, foi necessário uma exame de DNA para confirmar as identidades das vítimas. (Foto: Reprodução/Umuarama News)

Os corpos de Bruna Zucco e Valdir Brito Feitosa foram encontrados em uma estrada rural de Altônia no dia 22 de março

Os corpos encontrados carbonizados na caçamba de uma caminhonete no dia 22 de março, no município de Altônia, no noroeste do Paraná, são da Miss Altônia Bruna Zucco, de 21 anos, e do empresário Valdir Brito Feitosa, de 31 anos, segundo o laudo do Instituto Médico Legal de Curitiba. O resultado dos exames foi divulgado na tarde desta segunda-feira (9).

De acordo com o delegado da Polícia Civil de Umuarama, Osnildo Carneiro Lemes, os exames foram realizados a partir do material genético das mães das vítimas e confirmam com 99,9% certeza as identidades. “O Laboratório de Genética, da Polícia Científica de Curitiba, acabou de nos enviar os dois laudos, o da Bruna e do Valdir, confirmando que se tratam dos dois corpos. Como já se suspeitava desde o início”, contou Lemes.

Os corpos serão liberados para que as famílias possam prosseguir com as cerimônias fúnebres nesta terça-feira (10).

Devido ao estado dos corpos, foi necessário uma exame de DNA para confirmar as identidades das vítimas. (Foto: Reprodução/Umuarama News)

Silicone

O laudo também confirmou que um dos corpos tinha prótese de silicone. Porém, tanto a família como namorado de Bruna, Diego Tamarozzi, afirmam que a jovem miss não nunca fez cirurgia plástica.

Para o delegado Lemes, esse fato é sem importância.“Realmente, foram encontradas as próteses. Para efeito da investigação, isso é irrelevante diante do laudo de DNA. Isso aqui realmente é irrefutável”, afirma.

Em conversa com o Portal RIC Mais, uma das organizadoras do evento que elegeu a Miss Altônia, Meire Adriane de Oliveira, afirmou que nunca percebeu o uso de prótese de silicone na jovem e que, inclusive, via Bruna várias vezes durante as trocas de vestido. “Nosso evento não exigia que não tivesse silicone, então, não teria problema de ela falar sobre isso”, disse. Ainda segundo Meire, a questão do silicone é variável de acordo com o concurso, ou seja, algumas provas exigem sim que suas concorrentes não tenham intervenções cirúrgicas, mas esse não era o caso do Miss Altônia.

Meire também se mostra inconformada com a perda súbita da jovem modelo. “Ela era muito profissional, focada, estudiosa e cheia de sonhos. É um absurdo a crueldade que fizeram com ela”, desabafa a organizadora.

Desaparecimento

Tanto Bruna como Valdir foram vistos vivos pela última vez no fim da noite de quinta-feira (21). A jovem, que voltava de ônibus da faculdade, chegou trocar mensagens com o namorado pelo celular antes de sumir.

Ela se despediu do namorado e nunca mais foi vista. (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

Suspeitas

A picape foi encontrada completamente carbonizada. (Foto: Marcelo Tavares/Rádio Rainha)

O irmão de Valdir reconheceu o carro, a placa do veículo e uma caixa de ferramentas um dia depois que os corpos foram encontrados. Assim como os pais da modelo haviam reconhecido restos dos materiais que Bruna usava na faculdade e confirmado que o celular era muito parecido com o que ela usava. No entanto, devido ao estado em que os corpos foram encontrados, era necessário que exames de DNA fossem realizados para comprovar que se tratavam dos dois desaparecidos.  

Investigações

Izaias Cordeiro de Lima, delegado responsável pela investigação, informou em entrevistas anteriores que imagens de uma câmera de segurança capturaram o momento que Bruna desce do ônibus. Também é possível ver nas proximidades dois carros, um deles é o veículo de Valdir. Porém, não são nítidas o suficiente para ter certeza de que o empresário é quem está na direção da picape ou  se nesse momento ele já estaria sendo mantido como refém de alguém.

Desde que os corpos foram encontrados queimados na caçamba de um carro, uma força tarefa entre as delegacias da região e o Centro de Operações Policiais Especiais (COPE) foi iniciada para descobrir quem tirou a vida dos dois. 

No dia 29 de março, a polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de um suspeito que é morador de Altônia. Objetos pessoais foram recolhidos na residência e devem passar por uma perícia para comprovar o envolvimento. Porém, para o delegado responsável caso, Izaías Cordeiro de Lima, uma lei do silêncio impera na cidade e o depoimento das testemunhas não contribuíram para o desenvolvimento da investigação.

Segundo o delegado Osnildo Carneiro Lemes, de Umuarama, as investigações correm em sigilo para não atrapalhar a apuração do caso.

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