Londrina terá 3 julgamentos relativos a feminicídios, incluindo o caso Sandra Mara Curti

por Bruna Melo
com informações de Néias - Observatório de Feminicídio de Londrina
Publicado em 14 ago 2021, às 14h10. Atualizado às 14h11.

Na próxima semana, entre os dias 16 e 20 de agosto, Londrina, no norte do Paraná, terá três julgamentos relativos a feminicídios. Entre os três júris, está o de Sandra Mara Curti, morta a facadas em julho de 2020, na zona leste da cidade. O ex-marido, que usou uma faca de açougueiro para o crime, é o réu.

A semana começa com o júri da tentativa de feminicídio contra Elisa Custodio Paiva, na segunda-feira (16). No dia 10 de maio de 2014, Elisa foi agredida em seu local de trabalho pelo ex-namorado, Alisson Felipe Almeida. Ela foi encontrada desacordada e ferida por populares, que chamaram o socorro médico.

Alisson é acusado pelo crime de tentativa de feminicídio, com as qualificadoras de meio cruel e emboscada. O homem alega que foi ao trabalho de Elisa para reatar o relacionamento e que tinha ciúmes dela. No dia, ele teria, apenas, segurado no braço de Elisa, e a empurrado. Com o empurrão, a vítima teria desmaiado. Entretanto, a mulher conta que desmaiou devido à violência das agressões.

O júri seguinte, na quarta-feira (18), é sobre a morte de Sandra Mara Curti. Alan Borges, ex-marido de Sandra, feriu a mulher com pelo menos 20 facadas. O crime foi na frente dos dois filhos do casal, no dia 7 de julho de 2020. Ela chegou a ser socorrida, mas morreu no dia seguinte. Alan tentou fugir, mas os vizinhos o seguraram.

O homem também não aceitava o fim do relacionamento. Eles haviam se separado há um mês. Sandra pediu uma medida protetiva contra ele, devido ameaças constantes. Alan conta que agiu sob forte emoção porque teria descoberto traições. Ele usou uma faca de açougueiro, profissão que exercia, para atingi-la.

Na sexta-feira (20), o caso julgado é a tentativa de feminicídio contra Ângela Rodrigues Lopes. Ela também foi esfaqueada pelo ex-marido, Carlos Roberto dos Reis, com os três filhos testemunhando as agressões. A vítima tinha uma medida protetiva contra ele. O crime aconteceu em julho de 2019.