Segundo a secretaria, ainda não se pode afirmar que os animais morreram por causa da febre amarela; a recomendação é que todos tomem a vacina
A morte de três macacos em Antonina, no litoral do Paraná, preocupou a Secretaria de Estado da Saúde (SESA), que enviou uma equipe para investigar o local diante da possibilidade de que os animais tenham morrido por causa da febre amarela. Além dos três animais mortos recentemente, também foi encontrada uma carcaça mais antiga.
Macacos morrem em Antonina
Segundo a SESA, ainda não se pode afirmar se eles morreram por causa da doença. Os técnicos colheram material para fazer os exames necessários e enviaram as amostras para a Fiocruz/Paraná. Em função do pedido de urgência na identificação da causa da morte dos animais, acredita-se que os resultados possam estar prontos em uma semana.
A Secretaria da Saúde já havia feito alerta sobre a iminência da ocorrência de casos de febre amarela na região, por ser muito próxima da divisa com o Estado de São Paulo. O Estado vizinho já registrou casos da doença, inclusive com mortes. “Agora, o importante é convocar a população para tomar a vacina, disponível em todas as unidades de saúde do Paraná”, destaca o superintendente interino de Vigilância em Saúde, João Luís Crivellaro.
De acordo com a médica veterinária Ivana Belmonte, do Centro de Vigilância Ambiental de Saúde, a Secretaria da Saúde também entrou em contato com a Secretaria de Desenvolvimento Ambiental e Turismo, recomendando o controle total dos parques e áreas de mata próximas a Antonina e em todo o Litoral.
Ela reforça que só podem entrar na mata pessoas que foram vacinadas. No caso de agravamento da situação, a recomendação é de fechamento dos parques.
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Não mate macacos
A médica veterinária também alerta a população para que não mate os macacos, uma vez que os bichos não transmitem a febre amarela. Ao contrário, eles servem de aliados, já que a morte deles é um importante sinalizador para a existência do mosquito com o vírus transmissor.
A desinformação já levou pessoas a matarem macacos em São Paulo e no Rio de Janeiro. “Os macacos são tão vítimas da doença quanto os seres humanos”, disse Ivana. Ela acrescenta que em áreas de mata, o vírus é transmitido pelos mosquitos haemagogus e sabethes, que vivem nas copas das árvores e preferem o sangue dos macacos. Entranto, quando esses animais são mortos, as fêmeas vão em busca de sangue humano.