Mãe reencontra filho que foi roubado na maternidade depois de 38 anos

Publicado em 12 maio 2019, às 00h00.

Sueli Gomes Rochedo, de 56 anos, reencontrou o filho que foi roubado recém-nascido, da porta do Hospital Regional do Gama, no Distrito Federal, depois de 38 anos. Finalmente, depois de muita espera, os dois irão passar o primeiro dia das mães juntos.

Mãe reencontra filho depois de 38 anos

Ricardo Santos Araújo, que mora em João Pessoa, foi localizado com a ajuda da polícia. Mesmo depois de anos, Sueli resolveu comunicar à polícia sobre sua história. Após algumas investigações, seu filho foi encontrado.

Ironia do destino ou não, Ricardo, a quem Sueli chama de Luiz Miguel, conheceu a mãe biológica seis meses depois que a mãe adotiva morreu. Depois de quatro décadas, mãe e filho conseguiram se conhecer e viver momentos simples, mas marcantes: um almoço e uma ida à praia.

O reencontro aconteceu no dia 30 de abril de 2019.

Filho foi roubado na porta de maternidade

Sueli deu à luz aos 18 anos e, desde os nove, morava em um abrigo. Na saída do hospital, com o filho no braço, a adolescente precisou deixar Ricardo com uma funcionária do local onde morava para fazer uma ligação.

Quando voltou, não encontrou a mulher e seu filho. Sueli contou que demorou para procurar ajuda porque imaginava que à polícia não acreditaria em sua história. Mas, em 2013, após diversas tentativas frustradas de encontrar o filho, ela comunicou o caso para a polícia do Distrito Federal.

A dona do abrigo, principal suspeita pelo roubo, havia morrido em 2012, antes que Sueli tivesse registrado a ocorrência. Então, a polícia chegou até o médico que realizou o parto de Ricardo.

O médico informou que o bebê havia sido entregue ao porteiro do edifício onde ele morava. Tudo parecia estar se encaminhando, mas a família que recebeu o recém-nascido havia se mudado para a Paraíba.

A polícia entrou em contato com os cartório e descobriram que o porteiro e sua mulher tinham dois filhos. Um deles era Ricardo, ou melhor, Luiz Miguel. A confirmação aconteceu depois de um exame de DNA.

Ricardo ainda contou que ele e a irmã sabiam que eram adotados, mas não tinham conhecimento das mães biológicas. Na época, o registro indevido de criança não era considerado crime, então, o caso foi arquivado.

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