Maria Amélia Gonçalves morreu no começo de 2019, com o sonho de reencontrar sua irmã gêmea, Brasilina Gonçalves, depois de mais de 50 anos sem vê-la. As duas foram criadas juntas até os 13 anos de idade na cidade de Assis, no interior de São Paulo, até que um problema familiar separou as irmãs, que eram idênticas fisicamente.

“Ela fugiu de casa com 13 anos, porque o marido dela era negro e meu avô e minha vó não queriam o casamento. Minha mãe morreu com 74 anos sem rever esta irmã dela“, conta Maria de Fátima da Silva Amorim, filha de Maria Amélia.

Irmãs foram separadas após diversos problemas familiares

Outro problema familiar ajudou a separar ainda mais as irmãs: Maria Amélia passou a ser criada com outra família, porque seus pais biológicos não tinham condições financeiras ideais para sustentar a adolescente. Logo depois de perder a irmã, ela foi viver com outro casal, na cidade de Paraguaçu Paulista.

Maria seguiu com sua vida, teve quatro filhos e ajudou a sustentar sua família trabalhando como cortadora de cana e lavadeira de roupas. Ela não teve mais contato com os pais biológicos também, e não voltou mais a morar em Assis.

Falta de registros impede família de encontrar avó desaparecida

Maria Amélia tentou encontrar a irmã, mas a falta de registros impossibilitou a sua missão: ela só sabia o nome dela, e não tinha nenhuma foto da irmã.

“Ela chorava muito, falando que um dia ainda acharia essa irmã. Infelizmente ela não conseguiu”, relata Delaine Cristina da Silva Amorim, neta de Maria Amélia.

Se tiver qualquer informação do paradeiro de Maria Amélia, pode entrar em contato com a família pelo número (11) 98666-9132.

*Esse conteúdo foi elaborado a partir de matéria publicada originalmente no R7