Maníaco do Anchieta: inocente fica preso mais tempo que culpado
Um homem confundido com o ‘Maníaco do Anchieta‘ ficou preso por 17 anos, onze anos a mais que o verdadeiro culpado: Pedro Meyer Ferreira Guimarães. O artista plástico Eugênio Fiúza de Queiroz, de 69 anos, recebe uma pensão do Governo pelo erro.
Homem é preso confundido com Maníaco do Anchieta
O artista plástico Eugênio Fiúza foi acusado por uma série de estupros que aconteceu em Belo Horizonte, na década de 90. Nove vítimas identificaram o homem, como sendo o autor dos ataques, e o artista plástico foi condenado a 37 anos de prisão.
Eugênio Fiúza foi considerado inocente apenas em 2015, dois anos após o verdadeiro Maníaco do Anchieta se entregar à Justiça e ser identificado por diversas vítimas, inclusive as mulheres que o confundiram com Fiúza.
Em 2017, o Governo de Minas Gerais foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) a pagar uma pensão mensal de R$ 4.685 para o homem, por ter sido preso injustamente.
Verdadeiro maníaco é preso
O verdadeiro Maníaco do Anchieta foi preso somente em 2012, quando Pedro Meyer Ferreira Guimarães foi denunciado por uma mulher que o reconheceu no meio da rua. A vítima foi uma das garotas estupradas em 1997.
Ela o seguiu até a casa onde morava e chamou a polícia. Ele só foi condenado em 2013 e passou seis anos preso por estupro de vulnerável. O Maníaco do Anchieta foi liberado na última sexta-feira (16), quando o juiz Wagner Cavaliere alegou que, após a realização de exames, ficou constatado que Meyer não apresentou sinais de psicopatia.
O magistrado destacou ainda que o condenado já cumpriu 2/3 da pena, conforme exige a lei para permitir a progressão de regime.
“Em que pese a gravidade dos delitos imputados ao sentenciado, o laudo de exame criminológico lhe foi favorável, deixando de apontar qualquer circunstância desfavorável à concessão do benefício”, explicou o juiz.
Pedro foi condenado a nove anos e cumpriu seis (Foto:
Record TV Minas)
