Marcinho, lateral-direito do Athletico, vira réu em ação por homicídio culposo
Após ser investigado pelo atropelamento com morte dos professores Maria José Cristina Soares e Alexandre Silva de Lima, no Rio de Janeiro, o atual lateral-direito do Clube Athletico Paranaense, Marcinho, se tornou réu pelo crime nesta sexta-feira (7).
O juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, responsável pelo caso, aceitou a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP/RJ), após um inquérito policial relatar que o carro de Marcinho estava em uma velocidade acima da permitida e que ele teria bebido. Na via, a velocidade permitida era de 70 Km/h. E ele estaria a 96 Km/h.
Loewenkron concluiu que o jogador irá responder por homicídio culposo – quando não há intenção de matar. Seu caso possui um agravamento: a ausência de prestação de socorro aos professores atropelados e a confissão de que tinha ingerido bebida alcóolica. Alexandre morreu no local. Já Maria José chegou a ser hospitalizada, mas morreu em seguida.
Tal decisão chega após cinco meses da fatalidade. Em fevereiro, a defesa do jogador tentou transacionar, confessando o crime oferecendo pagamento de indenização, mediante o arquivamento da ação penal. No entanto, o Ministério Público rejeitou o pedido.
Pelo código penal, se o jogador for declarado culpado, ele pode pegar até quatro anos de detenção, além de sua pena estar sujeita a um acréscimo devido a omissão de prestação de socorro.
Mercado da bola
Quando o acidente ocorreu, no fim do ano passado, Marcinho estava em fim de contrato com o Botafogo. Em janeiro de 2021 ficou disponível no mercado e, em abril, foi contratado pelo Athletico Paranaense, recuperando-se de uma cirurgia no joelho. Nesta quinta-feira (06), ele jogou contra o Coritiba, num clássico que deu vitória ao rubro-negro.