Maringá reinaugura Painel do Café, no teatro Calil Haddad, nesta segunda (9)

por Redação RIC.com.br
com informações da PMM
Publicado em 7 ago 2021, às 09h42. Atualizado às 09h43.

O prefeito Ulisses Maia esteve na manhã desta sexta-feira (6) no teatro Calil Haddad para o início da instalação das peças de azulejos do Painel do Café. A obra, datada da década de 1950, foi totalmente restaurada pelo município após ficar por anos em uma sala de loja comercial, inclusive com furos por perfuração de parafusos. A instalação do Painel do Café deve ser finalizada na próxima segunda-feira (9).

“Assim que assumimos o governo em 2017 demos início ao processo de contratação de uma empresa que fizesse a restauração do painel para que devolvêssemos esta relíquia à população de Maringá”, explica Ulisses Maia. O Secretário de Cultura, Victor Simião, frisa que o painel será mais uma atração do Teatro Calil Haddad, valorizando o Patrimônio Histórico do Município.

O painel, formado por azulejos, representa uma cena de colheita de café. Mede 2,40 m de altura por 7,95 m de largura. A área total é de 19,08 m². O autor é Waldemar Moral, do Atelier Artístico Moral (São Paulo/SP). A obra foi encomendada pelo ex-prefeito e empresário de Maringá, Américo Dias Ferraz. Foi instalada originalmente no icônico Bar Columbia, que ficava na avenida Getúlio Vargas (Ipiranga, na época).

Restauração

A empresa contratada, a Forlight, de São Carlos, interior de São Paulo, é especializada em restaurações. Em julho de 2017, a arquiteta Fabiana Purchio e o Engenheiro Thiago Queiroz retiraram as 848 peças que compõem o Painel do Café. Uma análise detalhada do material constatou problemas como azulejos quebrados (sem perda de matéria); lacuna parcial (com perda menor que 40%) e lacuna (com perda maior que 40%). Havia 133 peças quebradas. Foram recuperadas com a preocupação de que nenhum fragmento fosse perdido.

Após a colagem das peças quebradas, a empresa iniciou a fase de tratamento das mesmas, inclusive com a reconstituição do substrato de cerâmica do azulejo. Outra fase foi a recomposição da camada pictórica. “Como o artista utilizou praticamente cores puras, raramente secundárias e terciárias, não houve grande dificuldade em se chegar às cores originais”, explica a arquiteta Fabiana Purchio. Um dos cuidados foi que as pinceladas não pudessem ser identificadas como não originais.

Na parte do painel onde está a identificação da autoria, os restauradores optaram por não reproduzir a letra do artista, de forma a não descaracterizar sua assinatura. Esta parte ficou em branco, o que, de certa forma, simboliza a grande importância de Waldemar Moral.