Ministro Sérgio Moro afirma que não há acordo para assumir cadeira do Supremo: “seria inapropriado”
Neste domingo (12), o presidente Jair Bolsonaro afirmou em entrevista à rádio Bandeirantes que o ministro Sérgio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública, será indicado a vaga do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ministro Sérgio Moro afirma que promessa de ocupar cadeira do Supremo seria inapropriada
De acordo com Bolsonaro, Moro possui qualificação mais do que necessária para preencher o cargo.
Além disso, o presidente afirma que fez um compromisso com o ministro. “A primeira vaga que tiver lá, estará à disposição dele. Ele abriu mão de 22 anos de magistratura. Obviamente, terá que passar por uma sabatina no Senado”, continuou.
Próxima vaga ao STF será aberta em 2020
A próxima cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF) deve ser aberta em novembro de 2020, com a aposentadoria do ministro Celso de Mello.
Sérgio Moro Ministro da Justiça e Segurança Pública. (Foto: Redação RIC Mais)
Entrevista exclusiva ao programa RIC Mais Notícias
Nesta segunda-feira (13), em entrevista exclusiva ao programa RIC Mais Notícias, do Grupo RIC, ao ser questionado se entrou em seu atual cargo com o intuito de ocupar uma cadeira no STF, o ministro Sérgio Moro se posicionou.
“Me sinto honrado com o que o presidente falou. Mas assim, não tem a vaga no momento. E quando surgir a vaga o presidente vai avaliar se manterá o convite, e eu vou avaliar se aceitarei o convite, se for feito, evidentemente. Então não é uma coisa que hoje se encontra na minha mente. Meu trabalho hoje é desempenhar minhas funções dentro do ministério, e fazer um bom trabalho na área de justiça e segurança pública”, explicou Moro.
Conversa entre ministro Moro e presidente Bolsonaro antes da posse
Ainda em novembro, Moro explica que quando foi convidado ao cargo de ministro por Jair Bolsonaro, antes de assumir foi extremamente franco.
Em conversa com Bolsonaro, Moro disse que informou ao presidente que sua ideia era juntar os dois ministérios. “Presidente, a minha ideia é juntar os dois ministérios, na época era separado justiça e segurança pública, e ser firme em relação a corrupção, crime organizado e crime violento. E aquela ideia de preservar o legado da Lava Jato. Há e havia muitos inimigos desses avanços da anticorrupção que nós tivemos nesses últimos anos, e eu entendi que dentro do ministério em uma posição mais elevada de poder, eu poderia avançar essa pauta, e também prevenir retrocessos”.
O presidente Jair Bolsonaro, acompanhado do ministro Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, visita o Centro Integrado de Inteligência e Segurança Pública da Região Sul (CIISPR-Sul), em Curitiba (PR). (Foto: Marco Corrêa – PR)
“Como houve convergência de pauta com o presidente, ele fez o convite, eu aceitei, então essa é a história. Não houve estabelecimentos de condições: ah eu só vou se me convidar para ir para o supremo depois… não teve nada disso. Isso até seria inapropriado“, deixa claro o ministro.
Existe vontade de assumir cargo no STF, mas não há acordo
Evidentemente, Moro deixa claro que existe uma vontade de ocupar uma cadeira no Supremo. “Eu tenho um histórico na magistratura. Seria algo que qualquer juiz evidentemente gostaria de assumir. Seria um ápice na carreira como juiz. Mas como eu disse, o foco é o trabalho no Ministério da Justiça e Segurança Pública, e eu estou fazendo exatamente o que eu me comprometi com o presidente”, afirma Moro.
Veja entrevista com o ministro Sérgio Moro na íntegra
Para assistir a entrevista com o ministro Sérgio Moro conduzida pelo jornalista Marc Sousa e o apresentador Terribas, basta acessar este link.
