Mourão diz que setor privado será protagonista no desenvolvimento sustentável da Amazônia

Publicado em 11 ago 2020, às 14h24. Atualizado às 14h25.

Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) – O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta terça-feira que o setor privado, e não o Estado, terá papel principal no desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Mourão, que também coordena o Conselho da Amazônia, citou, em videoconferência com representantes de países que também abrigam a floresta amazônica, a reação internacional à gestão ambiental no Brasil e garantiu que haverá repressão a crimes contra o meio ambiente.

“O protagonista do desenvolvimento sustentável na Amazônia será o setor privado, não o Estado. E por fim, há que se ter em conta a realidade socioeconômica da região, que exige criatividade e inovação, próprias do espírito empreendedor do setor privado. Manteremos a repressão aos crimes ambientais”, disse o vice-presidente.

“Além da perda de patrimônio natural nos incêndios florestais de 2019, enfrentamos uma intensa reação internacional contra nosso governo. Isso nos confirmou que a preservação da Amazônia ocupa um lugar especial no imaginário ambiental do mundo moderno”, reconheceu Mourão.

Para ele, há “uma grande desinformação a respeito da realidade social e econômica da região”. O vice-presidente aproveitou para alertar para a postura de alguns, que “se aproveitaram da crise para avançar em interesses protecionistas e renovar atitudes neocolonialistas”.

Dados preliminares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontaram que o desmatamento na floresta amazônica subiu 34,5% no acumulado em 12 meses na comparação anual, apesar da queda em julho se comparado com julho de 2019, enquanto o número de focos de incêndios aumentou 28% no mês em relação a um ano atrás.

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