Mulher tem gêmeos com 11 semanas de diferença; entenda

Publicado em 28 ago 2019, às 00h00.

Uma mulher teve gêmeos com 11 semanas de diferença em Uralsk, no Cazaquistão. Liliya Konovalova, de 29 anos, deu à luz a filha Liya com 25 semanas de gestação, e depois de 11 semanas teve o filho Maxim.

De acordo com o Daily Mail, os médicos envolvidos no parto de Liliya ficaram perplexos diante do caso, já que este tipo de nascimento é um fenômeno bem raro.

Mulher tem gêmeos com 11 semanas de diferença no Cazaquistão

Ainda conforme o Daily Mail, a menina nasceu no dia 24 de maio, enquanto a outra criança veio ao mundo no dia 9 de agosto, sendo o caso uma raridade que acontece uma vez a cada 50 milhões de gestações.

Os partos com 11 semanas de diferença só foram possíveis porque Liliya tem uma condição chamada de útero didelfo, também conhecido como útero duplo: uma má formação que resulta na presença de dois úteros.

Conforme a mulher, ela ficou chocada ao descobrir que tinha essa condição.

Mas os médicos eram ótimos e o que fizeram foi um milagre”.

No Brasil, há diversos relatos de mulheres com gestação de úteros duplos. Entre os mais recentes está um caso em Tocantins, em 2013, em que gêmeos nasceram com dois minutos de diferença.

Úteros duplos têm predisposição genética

A mulher com útero didelfo pode ter dois úteros desembocando em uma única vagina ou também duplicidade de vagina, o que é mais raro, de acordo com dados da Mayo Clinic.

Essa condição ocorre durante a formação do feto. Dessa maneira, o útero começa como dois pequenos tubos.

À medida em que o feto se desenvolve, os tubos normalmente se juntam para criar um órgão maior, o útero. Às vezes, os tubos não se unem completamente, desenvolvendo-se cada um como uma estrutura separada, de modo que a mulher nasce com dois úteros.

Acredita-se que haja um componente genético que determine essa má formação, pois o problema costuma ocorrer dentro da mesma família.

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As mulheres que têm um útero duplo geralmente têm gestações bem-sucedidas, ainda de acordo com a Mayo Clinic, mas a condição pode aumentar o risco de aborto espontâneo ou parto prematuro.

Para a mulher que tem útero duplo, mas não apresenta sintomas, como menstruação intensa e abortos repetidos, o tratamento raramente é necessário.