Número de mortos por terremoto no Haiti chega a 724
Por Andre Paultre
PORTO PRÍNCIPE (Reuters) – O número de mortos pelo terremoto que atingiu o Haiti na manhã de sábado (14) subiu para 724 neste domingo (15), enquanto equipes de resgate lutavam para encontrar sobreviventes enterrados sob prédios um dia após o terremoto de magnitude 7,2 e quando uma tempestade tropical se aproxima da nação caribenha.
Os haitianos trabalharam por toda a noite para buscar amigos e familiares entre os escombros de prédios destruídos após um terremoto devastador atingir o país caribenho no sábado.
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O terremoto de magnitude 7.2 derrubou centenas de casas no país empobrecido, que ainda está se recuperando de um outro grande tremor, ocorrido 11 anos atrás, e que foi deixado sem um chefe de Estado desde o assassinato do presidente no mês passado.
A região sudoeste do Haiti recebeu o maior impacto do terremoto, principalmente na cidade de Les Cayes e em seus arredores. Na noite de sábado, autoridades haitianas registraram pelo menos 304 fatalidades e mais de 1.800 pessoas feridas na cidade.
Igrejas, hotéis, hospitais e escolas ficaram gravemente danificadas ou destruídas, enquanto os muros de uma prisão foram rompidos pelos violentos tremores que convulsionaram o Haiti.
“Precisamos mostrar muita solidariedade com a emergência”, disse o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, um neurocirurgião que foi colocado à frente do país durante a turbulência após o assassinato do presidente Jovenel Moise no dia 7 de julho.
Alguns haitianos disseram que passaram a noite de sábado dormindo a céu aberto, traumatizados pelas memórias do terremoto de magnitude 7 de 2010 que atingiu uma região muito mais próxima da capital, matando dezenas de milhares de pessoas, incluindo a curitibana Zilda Arns, que realizava ações humanitárias no país à época.
Imagens postadas em redes sociais após o terremoto mostram moradores buscando aberturas estreitas em pilhas de destroços de alvenaria para puxar pessoas em choque dos escombros de paredes e telhados que desmoronaram em volta deles.
(Reportagem adicional de Laura Gotteddiener, Kate Chappell em Kingston, Sarah Marsh em Havana e Philip Pullella)