O Presidente que o Brasil precisa: articulador, sensato e do diálogo
Os últimos três anos passaram mais rápido do que imaginamos. O Brasil não conseguiu avançar nas propostas que seriam de extrema importância para o nosso desenvolvimento. A pandemia prejudicou os planos de todos os países, contudo, aqueles que souberam lidar melhor com as suas diferenças e agir em conjunto estão superando de forma mais efetiva este difícil momento. A política brasileira preocupa justamente porque tem sido incapaz de gerar consensos significativos entre as diferentes camadas da sociedade e os poderes da República.
Um novo ciclo começa a partir de 2023, mas existe uma comum decepção com relação às poucas opções de candidatos para as eleições do ano que vem. Os prováveis candidatos não estão preenchendo a demanda atual da sociedade e a maioria do povo não consegue levantar a cabeça e olhar para além da polarização, refletindo de forma serena e sensata qual é o líder que a nação realmente precisa. Tenho plena convicção de que o melhor caminho para o Brasil não é pelos extremos. Não podemos mais adiar esse debate, pois podemos ter consequências irreversíveis advindas da nossa omissão.
Quando existem apenas dois lados plenamente polarizados, o lado oposto sempre é visto como inimigo. Ou seja, não existe diálogo. Ninguém está aberto a mudar de opinião sobre qualquer tema. Para piorar, os discursos são sempre rasos e carecem de propostas concretas e consistentes. A crítica desmesurada ao adversário toma o lugar do debate franco e saudável. O reflexo disso é permanecermos empacados nos velhos problemas: Desemprego, crise na saúde pública, violência, corrupção e educação de má qualidade.
Como se não bastasse, a consequência final da polarização é a de que mesmo as boas propostas para o Brasil terminam por ser recusadas, pelo simples fato de serem originárias de adversários políticos. Com um pouco de diálogo, os interesses maiores da nação poderiam ser atendidos, sem desprezar os interesses particulares e legítimos de cada grupo.
Portanto, quando formos escolher quem será o Presidente da República, precisamos pensar em quais são as demandas reais da sociedade. Todos os candidatos precisam ouvir claramente as necessidades da população, de toda a população. Precisamos de um representante que seja inovador nas propostas, que tenha articulação política para torná-las possíveis e que saiba dialogar para encontrar as melhores soluções para o Brasil.
O Brasil precisa de diálogo, consenso, inteligência e boa política. Os candidatos à presidência precisam enxergar-se como um futuro chefe de Estado e representante maior da nação, agindo proporcionalmente à importância do cargo que ocupa, integrando a todos na mesma direção, em busca da ordem e do progresso tão sonhados.