Paranaense de 62 anos atravessa o estado de bicicleta: 'Não basta viver, tem que viver com qualidade'
O aposentado Dionísio Fulgêncio da Cruz tem 62 anos, mas não se preocupa com as limitações da idade. Em agosto, o paranaense atravessou o estado de bicicleta em uma viagem o qual percorreu mais de 700 km. Saindo de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, Dionísio pedalou por quatro dias, terminando o roteiro na divisa do Paraná com o estado do Mato Grosso do Sul.
Passando calor, enfrentando chuva, convivendo com os perigos do trânsito, o aposentado revelou que a sua paixão pelo ciclismo tem começo, meio, mas não tem fim. Em 1985, ele e o irmão mais velho, Osvaldo, fizeram pela primeira vez a pedalada mais longa de ambos: de Pinhais, os irmãos pararam em Canoinhas (Santa Catarina), e passaram em seguida por União da Vitória, Cruz Machado, Irati, chegando ao destino final em Palmeira, já no Paraná.
Mesmo sendo a primeira viagem dos irmãos coragem, a viagem durou três dias. De lá para cá, o aposentado criou muitas memórias de suas aventuras que tiveram destinos ainda mais longes.
Superando limites
Sobre a recém aventura para o estado sul-matogrossense, Dionísio conta que muitos perrengues foram enfrentados pelo caminho, mas nenhum se compara as atitudes de generosidade encontradas pela estrada. Apesar das dificuldades, o aposentado utiliza sábias palavras para lembrar que nada nesta vida é fácil, mas tudo tem uma recompensa grandiosa no final.
“Cada espaço que você passa, vale a pena. As coisas ruins são tão poucas que você até deixa de lado”.
Ele também lembra que não foi sozinho, seu sobrinho, Osvaldo Filho, o acompanhou. Para o aposentado, assim como o irmão, o sobrinho foi um grande parceiro da pedalada.
“Quando você ultrapassa o seu limite, é uma vitória. É uma sensação de desafio cumprido. Uma sensação muito gostosa, é inexplicável. Se pudesse traduzir em números eu diria que era mil”
brincou Dionísio.
Experiente
O ciclista nasceu em Morretes, mas se mudou ainda criança com a família para o município de Pinhais. De acordo com ele, todos esses anos vividos serviram para apreciar inúmeras paisagens exuberantes, que se tivessem sido conhecidas de carro, não seriam tão impressionantes quanto as que ele conheceu de bicicleta.
Para o idoso, que não gosta deste termo, manter uma vida com bons hábitos e sempre ativo, não só o corpo, mas também a mente, é a receita para se ter uma vida plena.
“Não basta viver, tem que viver com qualidade”.
Dia internacional do Idoso
Desde 1991, em 1ª de outubro é celebrado o Dia Internacional do Idoso. Instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data foi criada com o objetivo de sensibilizar a sociedade sobre o envelhecimento – que não deve ser contado pela idade, mas sim, pela qualidade de vida e pelas experiências ganhada ao longo dos anos.
Para este Dia Internacional do Idoso – data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), para sensibilizar a sociedade sobre o envelhecimento – o aposentado deixa uma dica, principalmente aos jovens que desejam ter uma vida como a sua – saudável e repleta de belas experiências:
“A idade é um fator muito influente, mas a gente consegue vencer. Eu me coloco em uma posição que me julgo estar bem, mas para isso, se você quer ter esta condição, ou quem sabe até melhor, você tem que se dedicar a sua saúde. E como dizem os entendidos: nunca é tarde para começar”,
finaliza o ciclista.