Headhunters apontam perfis que garantem impressionar nas vagas de emprego
A expressão “dar match” expressa o desafio enfrentado por headhunters para conciliar expectativas de contratantes e contratados em vagas de alta performance, que demoram para ser preenchidas, mesmo com tantos profissionais procurando emprego.
Para a sócia diretora da Fesa Group da região Sul, Tatiana Zeilmann, cada vez mais o mercado requer líderes consistentes e conscientes do seu papel.
“Aqueles que efetivamente consigam transitar da estratégia para a operação, com maestria e inspiração para suas equipes. Com capacidade de equilibrar vários pratos simultaneamente, com resiliência, clareza de seu propósito e energia realizadora”, descreve
O sócio fundador da Proposito/TRANSEARCH, André Caldeira, acrescenta que as vagas de liderança trazem o desafio de encontrar pessoas que detenham o equilíbrio entre o aspecto técnico, uma boa formação, e a questão comportamental. Para ele, passa por trajetória de carreira, pelo que a pessoa já viveu em termos de repertório profissional, também pelo grau de maturidade, pelo autoconhecimento, pela forma como lida com o outro, com times, com cenários, com o entorno e o mercado.
Nesse sentido, o gerente executivo da Page Group, Thiago Gaudêncio, afirma que as dificuldades no preenchimento das vagas se encontram em achar o denominador comum de três demandas:
- A competência técnica que se exige do profissional
- A competência comportamental para desempenhar a função
- A remuneração que a empresa está disposta a pagar
“Nossa missão está em alinhar todas essas expectativas por parte dos contratantes e, ao mesmo tempo, satisfazer o desejo dos profissionais”, explica
Domínio de skills de relacionamento no lugar das “receitas de bolo”
Gaudêncio afirma que “não há receita de bolo que funcione para todas as vagas em aberto”. Para ele, duas características bastante valorizadas e que atendem muitas das vagas de alta performance são:
- Proatividade
- Disposição de transitar verticalmente
“Pessoas que conseguem em um momento ser muito mão na massa, em outro muito estratégicas, em outro fazem um papel institucional, representando o interesse da empresa que não é o seu diretamente, e em outra hora representam o seu interesse pessoal e não somente o interesse da empresa, dominam essa flexibilidade que é super importante para as organizações, seguida pelo desejo de aprender.”, orienta
Ele acrescenta que hoje em dia não tem mais lugar para preconceito, no sentido de haver apenas uma maneira de fazer as coisas.
Segundo o headhunter, um caminho certeiro para qualquer pessoa é dominar bons skills de relacionamento, ou seja, ter uma comunicação clara, efetiva, assertiva, não prolixa e, acima de tudo, transparência e ética.
“Se todo mundo conseguisse reunir todos esse fatores, seria muito mais fácil preencher as posições que recebemos por demanda das corporações”, sentencia
Tatiana Zeilmann, Thiago Gaudêncio, e André Caldeira participaram do primeiro encontro de Headhunters do Sul do Brasil, promovido pela Pós-Graduação da Universidade Positivo (UP).
O diretor da Pós-Graduação da Universidade Positivo, David Forli Inocente, aponta que o headhunter é uma figura pouco conhecida. Assim, mostrar sua lógica de análise e trazer visões diferentes ao conhecimento do grande público desmistifica sua atuação e mostra sua importância, especialmente em um momento de mercado tão exigente.