Potencial construtivo da Linha Verde vai a leilão na Bovespa

O prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, acompanhará nesta terça-feira (26), às 12h30, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) o primeiro leilão para captação de recursos da Operação Urbana Consorciada Linha Verde. Neste primeiro lote serão colocados à venda 300 mil Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs).

“A Operação Urbana terá garantia de investimentos e de execução. O recurso entrará no Banco do Brasil e o controle da aplicação será feito pela Caixa Econômica Federal”, explicou o prefeito Luciano Ducci.

O lance mínimo para cada Cepac é de R$ 200. Caso todos os Cepacs sejam vendidos nesse primeiro leilão a arrecadação será de R$ 60 milhões, que irão direto para uma conta criada no Banco do Brasil para serem investidos nas obras da Linha Verde.

Dependendo da reação do mercado, caso haja muita procura pelos Cepacs, o valor de R$ 200 pode subir. Após esse primeiro leilão o Banco do Brasil vai analisar o resultado para definir quando será feita uma nova operação de captação de recursos na Bovespa. Todo o processo será acompanhado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

No total, a Operação Urbana Linha Verde prevê a emissão em etapas de 4,83 milhões Cepacs ao longo da vigência da Operação que é de 25 a 30 anos. Novos leilões serão realizados para a venda de todos os títulos.

Os títulos da Operação Urbana Linha Verde têm lastro no potencial de 4,47 milhões de metros quadrados de área adicional de construção. O potencial construtivo alcança uma faixa de 22 bairros, em uma área que liga Curitiba de Norte a Sul, onde vivem 82 mil habitantes. Qualquer pessoa pode participar do leilão, basta procurar o Banco do Brasil ou as corretoras credenciadas pelo banco.

Obras – Dois viadutos, uma trincheira e a conclusão da linha Verde Norte até o Atuba estão na lista de um grande pacote de obras que a Prefeitura licitará, a partir do segundo semestre, no eixo da Linha Verde, que passa por 22 bairros de Curitiba onde vivem 715 mil habitantes.

Com os dois novos viadutos, um na Anne Frank e outro na Tenente Francisco Ferreira de Souza, a Prefeitura elimina um dos gargalos da Linha Verde, na região do Hauer e da avenida Wenceslau Braz.

As duas novas passagens concluirão o trinário formado pela Marechal Floriano e pelas ligações das ruas Desembargador Westphalen e Tenente Francisco Ferreira de Souza e a Anne Frank com a Aluízio Finzetto. Quando prontos, os viadutos vão retirar três sinaleiros que existem na antiga rodovia, melhorando o fluxo de veículos.

Outra obra importante é da trincheira paralela a da rua Gustavo Rattman, que hoje faz a ligação Bacacheri/Bairro Alto. A nova trincheira formará um binário com a já existente e vai interligar as ruas Amazonas de Souza Azevedo, no Bacacheri, com a Fúlvio José Alice, no Bairro Alto.

Também está prevista para o segundo semestre a licitação das obras da nova trincheira e do viaduto da avenida Victor Ferreira do Amaral, que terá uma estação do Ligeirão. Também fará parte deste pacote a conclusão da Linha Verde Norte, no trecho entre a Fagundes Varela e o trevo do Atuba.

Desenvolvimento – Em alguns setores da Operação Consorciada será possível construir até quatro vezes a área do lote. Nos terrenos situados nos Polos e no Setor Especial da Linha Verde a altura das edificações será livre, limitada apenas pelo cone de aproximação de vôo da aeronáutica.

Os recursos aplicados na Operação Urbana serão investidos diretamente na infraestrutura da área que margeia a Linha Verde com benefícios diretos a quem vive ou passa pela região que integra Curitiba à Região Metropolitana.

A área definida para receber os investimentos, com recursos provenientes da venda dos Cepacs, envolve 22 bairros ao longo da Linha Verde: Atuba, Tingui , Bairro Alto, Bacacheri, Jardim Social, Tarumã, Capão da Imbuia, Cristo Rei, Jardim Botânico, Cajuru, Jardim das Américas, Prado Velho, Guabirotuba, Parolin, Hauer, Fanny, Novo Mundo, Xaxim, Capão Raso, Pinheirinho, Tatuquara e CIC.