O docente de Corbélia foi advertido pela conduta. (Foto: Reprodução/RICTV)

Os alunos da segunda série, em Corbélia, estariam falando muito palavrão em sala de aula, o que motivou o dever de casa

Um professor de uma escola municipal de Corbélia, no oeste do Paraná, causou polêmica ao passar um exercício que continha um palavrão para alunos da segunda série. O assunto dividiu os pais, enquanto alguns entenderam o lado do educador, outros acharam um absurdo. (Veja abaixo a imagem)

Palavrão na atividade escolar

A atividade proposta era que as crianças escrevessem uma história sobre um quadrinho do Chico Bento. Nas imagens um garoto afirma que o pai possui 800 cabeças de gado e como resposta, Chico Bento fala: fala para ele enfiar tudo no c*. A tirinha foi dada como dever de casa e colada ao caderno dos alunos.

De acordo com o professor, os alunos estariam falando muito palavrão dentro da sala de aula. E, o quadrinho, tinha o objetivo de fazê-los refletir sobre o assunto e a escolha de palavras grosseiras. “Ele vinha tendo problema na sala, ele e alguns outros professores, com excesso de palavrões na sala, entre os alunos e alguns até palavrões usados pelos alunos para com os professores. A atividade tinha essa intenção de fazer uma reflexão com o uso do vocabulário”, disse Jeferson Wruck, diretor da escola.  

Os alunos da segunda série de Corbélia levaram a atividade como dever de casa. (Foto: Reprodução/RICTV)

Reunião com o professor

Uma reunião entre os pais dos alunos, a direção da escola e a Secretaria Municipal de Educação foi realizada nesta semana. Na ocasião, o educador reconheceu que errou na condução da tarefa para as crianças e foi advertido. “Por ser uma turma de segundo ano, ele poderia, o que foi a orientação da Secretaria Municipal de Educação, ele poderia ter encaminhado essa atividade usando uma palavra menos agressiva. Entendemos que é um assunto necessário a se trabalhar com aquela turma, dado o problema que vem tendo com isso. Ele poderia ter usado um eufemismo”, explicou o diretor sobre o que foi discutido no encontro.

O docente de 31 anos é concursado da Prefeitura de Corbélia há quatro anos, mas dá aula em escolas da rede municipal há 10. Conforme a Secretaria de Educação, ele sempre apresentou bons resultados de alfabetização nas turmas onde passou.

“Acho que ele foi mal interpretado, é impossível que um professor vá fazer algo com má intenção”, disse uma moradora da pacata cidade do interior.

Assista à reportagem completa:

Leandro Souza, repórter da RICTV Oeste, conta todos os detalhes.