Professora sequestra, tortura e mata aluna por sentir falta dos filhos

por Caroline Maltaca
com informações do Daily Star e supervisão de Caroline Berticelli
Publicado em 26 out 2021, às 19h12.

Sofia Zhavoronkova, de nove anos, foi sequestrada, torturada por cinco horas e depois esfaqueada e espancada até a morte por sua professora Ulyana Lanskaya, de 40 anos. O caso brutal ocorreu na Rússia e o que tudo indica pode ter sido motivado por um surto de Lanskaya, que perdeu recentemente a guarda dos filhos.

De acordo com as informações levantadas pelo jornal Daily Star, a polícia russa informou que tudo começou quando a criança estava com uma amiga distribuindo panfletos em prol ao meio ambiente. Enquanto as duas meninas entregavam os folhetos, a professora de inglês se aproximou e se ofereceu para comprar algo saboroso para as duas meninas.

Aceitando o convite, a professora de inglês e as duas crianças se direcionaram a um café, onde compraram um bolo e alguns doces. Após o passeio, Sofia nunca mais foi vista com vida.

Desaparecida

Sofia foi dada como desaparecida e uma grande busca policial começou. Mais de 200 voluntários, incluindo a mãe da menina, fizeram um apelo emocional nas redes sociais. Após a mobilização, a polícia acabou localizando a amiga da menina, que acabou passando o endereço onde vira Sofia pela última vez.

Diante do relato da criança, tudo apontava que Lanskaya era a principal suspeita. Apesar de não se encontrar na residência, a polícia invadiu a casa da professora e, finalmente, encontrou o corpo de Sofia. A cena era terrível. O corpo da criança foi encontrada com a cabeça esmagada, a garganta cortada e o corpo desfigurado.

A professora foi localizada em um trem, no mesmo dia, confessou o assassinato e foi presa. Lanskaya, que está sob custódia há dois meses, aguarda o fim da investigação para ser julgada.

Lanskaya alegou estar enfrentando uma doença terminal, mas os investigadores afirmam que não há evidências disso (Foto: Reprodução/Tribunal de Vologda)

Motivo

Em seu depoimento no tribunal, a professora de inglês chegou a afirmar que sua primeira confissão foi impulsionada por estar doente.

“Não me sinto bem, não tenho muito tempo de vida”,

disse a professora.

Os investigadores, entretanto, dizem que não há nenhuma evidência de que, realmente, ela esteja enfrentando uma doença terminal. Para as autoridades, Lanskaya teria ficado perturbada depois que as autoridades a proibiram de criar seus próprios filhos. Sofia se assemelhava a filha da suspeita.

Funeral

No funeral da criança, centenas de enlutados levaram flores em memória a Sofia. De acordo com um relatório oficial local, as pessoas estão em silêncio, não falam nada sobre o assunto.

“Todo mundo está chorando. Até os homens, saindo da igreja, se afastam, acendem um cigarro e enxugam as lágrimas”,

informa o relatório.
No funeral, centenas de pessoas em luto levaram flores a Sofia (Foto: Reprodução)