Queimadas no Parque Nacional de Ilha Grande podem ter sido causadas por ação humana, sugere ICMbio

por Julia Cappeletto
com supervisão de Rodrigo Sigmura
Publicado em 20 ago 2021, às 15h14. Atualizado às 15h31.

Mais de 76 mil hectares de área preservada são ameaçadas por incêndios desde terça-feira (17) no Parque Nacional de Ilha Grande, que fica entre os estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. Por enquanto, a área mais afetada pelo fogo fica em Guaíra, no Oeste do Paraná.

De acordo com o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), o incêndio teve início em uma ponta da área e o vento tem levado as chamas em direção ao Norte do Parque. Para o combate aos focos, a Defesa Civil e 34 brigadistas estão no local e fazem a retirada da vegetação, limpando a superfície para evitar o alastramento do fogo. A técnica conhecida como aceiro está sendo feita a 5 km do Porto Yara, rio localizado logo abaixo do principal incêndio.

Além disso, os especialistas do ICMBio, que também estão em campo, averiguam a possibilidade de deslocamento de equipes do Corpo de Bombeiros para ajudar no controle das chamas.

Para o Instituto, as causas do incêndio ainda não são concretas, mas observações preliminares indicam que o fogo foi causado por ação humana e não de forma natural. Ainda, com a maior estiagem da história já registrada no Paraná, e as fortes geadas que deixaram a vegetação seca e vulnerável, a possibilidade de incêndios é ainda maior.

Em 2017, 15 mil hectares do Parque foram destruídos por queimadas, e quatro anos depois, a vegetação preservada volta a ser ameaçada.