Desde quando pesquisávamos acerca do que iriamos encontrar nas cidades, já sabíamos que Nova Aliança do Ivaí tinha uma cachoeira por perto. Já ficamos com vontade de conhecê-la, porém sabíamos que o tempo estava apertado.
Chegando em Nova Aliança, começamos a conversar, entrevistar e percorrer a cidade. A existência da cachoeira, então, foi confirmada. Ela ficava aproximadamente a 1 km da cidade, e seria fácil chegar. Segundo os moradores, ela era muito bonita e chamada de “Salto”.
Já no primeiro dia na cidade, experimentamos um calor razoável, ficamos até moles com o sol durante o dia. Ainda mais que viemos de um lugar tão gelado e que quase nunca tem sol. Logo, a ideia da cachoeira era uma boa, e ficamos muito tentados a ir até lá. Para conseguirmos, porém, teríamos que fazer um grande esforço e acordar às seis da manhã. Topamos o desafio e marcamos de ir no dia seguinte.
No mesmo dia fomos perguntando aos moradores como chegávamos lá. Ao fim do dia, então, conhecemos Douglas, que além de explicar direitinho onde era o “Salto”, se prontificou a nos levar até lá de carro, jurando que estaria de pé às 6 horas da manhã.
Fizemos o possível para dormir cedo, pois queríamos estar dispostos para o outro dia. O céu estava lindo, com tantas estrelas que era difícil ver todas. Fomos então deitar em nossas barracas. Às 6 horas, Douglas chegava para nos pegar. Estava escuro e frio. Contudo sabíamos que seria lindo poder observar o nascer do sol em um lugar tão maravilhoso.
Depois de andar quase nada de carro até lá, pegamos a trilha que nos levava até a queda. Era um caminho agradável, com alguns pequenos desafios. Ao andarmos, íamos vendo o clarear do dia. Logo mais, ouvimos o barulho da água caindo. Enfim, chegamos à cachoeira. Era uma queda muito bonita, relativamente grande e muito agradável.
Na beira do rio existiam linda flores brancas, que ficavam penduradas nos galhos, como enfeites. O sol vinha saindo por detrás da cachoeira, colorindo o céu meio laranja e amarelo. A água ainda estava gelada, então nós resolvemos não arriscar o mergulho. Porém desfrutamos de uma paisagem invejável.
Como nosso “guia-turístico” precisava trabalhar, fomos embora. Agora com o dia já claro, podíamos perceber a beleza do local. Os campos de plantação de cana-de-açúcar eram imensos, e os trabalhadores chegavam para cultivar a terra. O Sol estava grande e colorido. E nós partíamos pra mais um dia de entrevistas e conversas na pequena Nova Aliança do Ivaí.