A Secretaria estadual da Saúde descartou nesta sexta-feira (11), por meio de exames laboratoriais, a morte suspeita de dengue no município de Cambará, no Norte Pioneiro. A Secretaria ainda investiga a real causa da morte, visto que os exames de outras doenças (leptospirose, hantavirose, febre amarela, entre outros) ainda não têm resultados.
O paciente de 37 anos, morador de Cambará, começou a apresentar febre alta, dor de cabeça, dores no corpo e diarreia no dia 5 de janeiro e foi internado no dia 7. O quadro se agravou e ele foi transferido no dia 9 de janeiro para Jacarezinho, mas não resistiu e morreu.
“A partir deste caso, a 19ª Regional de Saúde fez ações de bloqueio no município, não encontrando nenhum outro caso suspeito”, afirma o coordenador da Sala de Situação da Dengue, Ronaldo Trevisan. Segundo ele, os 22 municípios da regional não registram casos da doença desde maio do ano passado, sendo o último caso confirmado em Cambará.
DENV 4 – A Secretaria da Saúde também registrou dois casos de dengue tipo 4 – um em Maringá e outro em Paranavaí. De acordo com a 14ª Regional de Saúde o caso de Paranavaí é autóctone (quando a infecção ocorre dentro do Estado). A 15ª Regional de Saúde ainda investiga se outro caso é autóctone ou importado. Os dois pacientes estão sendo acompanhados pelos serviços de saúde e não evoluíram para a forma grave da doença.
Este é o primeiro caso autóctone de Denv 4 confirmado no Paraná. O mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, carrega um dos quatro tipos de vírus da doença existentes no mundo (Denv-1, Denv-2, Denv-3, Denv-4). No Paraná já circularam três variações do vírus, com a predominância do Denv-1 nos dois últimos anos.
Independente do caso de Denv-4 ser importado ou não, as equipes de saúde dos municípios paranaenses devem estar em alerta, pois toda a população paranaense é suscetível ao novo sorotipo.
A principal preocupação das autoridades sanitárias é com relação aos casos graves de dengue que podem evoluir para morte. “O quadro clínico de um paciente se agrava quando ele já teve contato com o vírus da dengue e é novamente infectado”, destaca Trevisan.
O coordenador enfatiza que é fundamental que pessoas infectadas contribuam e permitam que seja feita a coleta do sangue para a identificação do vírus da dengue. Isto facilita o monitoramento viral no Paraná.