Suspeito de matar a mãe de forma brutal em Araucária deixa delegacia aos prantos e nega o crime
O homem de 41 anos suspeito de ter assassinado a própria mãe em Araucária, na Grande Curitiba, prestou depoimento durante a tarde desta quinta-feira (10), depois de receber alta hospitalar, e negou o crime.
No caminho entre o Hospital do Rocio, em Campo Largo, e a Delegacia da Mulher de Araucária, Lourenço Cézar Munir declarou aos policiais de forma extraoficial que havia usado drogas durante a madrugada. No entanto, minutos depois, já em interrogatório, mudou a versão e disse não ter feito uso de nenhum tipo de substância ilícita.
Sobre o assassinato brutal de qual sua mãe foi vítima, Lourenço diz que não lembra bem o que aconteceu entre a noite de quarta-feira (9) e madrugada desta quinta. Conforme sua versão, ele estava “orando” com a mulher quando a idosa de 79 anos o atacou. Entre as poucas lembranças que relatou, disse ter visto os cabelos da vítima caírem e os olhos escurecerem. Ele afirma que dormiu e só foi acordado pelos guarda municipais já durante a manhã.
Após prestar o depoimento que durou cerca de meia-hora, Lourenço foi encaminhado para a Delegacia de Araucária, onde ficará detido. Ele deixou a Delegacia da Mulher chorando desesperadamente e não quis falar com a imprensa.
De acordo com a delegada que cuida do caso, ele será indiciado por feminicídio.
Homem é suspeito de matar a mãe em Araucária
Mãe de cinco filhos, Ana Maria Muniz, de 79 anos, foi encontrada morta dentro de sua residência, localizada no bairro Jardim Iguaçu, por uma das filhas e um neto na manhã desta quinta. Ele estava com várias marcas de golpes de faca, teve um dos olhos retirado da face e seu couro cabeludo foi arrancado no crânio. Como senão bastasse tamanha brutalidade, em cima do seu corpo havia ainda um gato morto.
Lourenço também foi localizado dentro da casa. Ele estava com os pulsos cortados e desacordado devido a uma intoxicação por gás de cozinha. Acredita-se que após cometer o crime, ele deixou o gás aberto para tentar tirar a própria vida. Mesmo assim, acabou sendo socorrido com vida e encaminhado em estado grave ao Hospital do Rocio, em Campo Largo.
Com 25 anos de experiência, o perito Edimar Cunico declarou à RIC Record TV que poucas vezes se deparou com uma cena de crime tão cruel.
“Eu já vi coisa ruim, mas eu acho que essa ganhou o primeiro lugar. A informação que eu tenho é que foi o filho, mas na cena tinha o cadáver que é uma senhora de idade, que levou muitas pancadas, ele arrancou pedaços do corpo e escalpelou. O couro cabeludo estava do lado do corpo e um detalhe de ter um gato morto em cima do corpo. […] Ela morreu das pancadas, das outras coisas, e depois o autor fez uma miséria com o corpo”, disse Edimar Cunico.
Quando deixou a residência, Cunico levava consigo um pacote com pó branco e uma nota de R$ 5 enrolada que foram encontrados no quarto de Lourenço.
“É um pó branco que estava no quarto de solteiro. Pode ser cocaína porque usou uma cédula para fazer um caninho como se usa para cheirar. Eu recolhi para fazer uma análise”, explicou.