Polícia prende suspeito de mandar matar sócio de empresa de segurança, em Araucária
A Polícia Civil de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, segue investigando a morte de Célio Roberto Soares de Campos e nesta semana prendeu um suspeito pelo crime. O sócio da vítima, Everton, teve a prisão temporária decretada após a quebra do sigilo da conta bancária e análises feitas investigação.
O delegado Thiago Wladyka, que comanda o caso, revelou que desde o início a investigação suspeitava do depoimento inicial do sócio da vítima. Segundo ele, as imagens de câmeras de segurança também ajudaram para desvendar o crime.
“Na verdade a gente chegou lá e achou um pouco estranha a história. Falaram que um cara entrou dentro de uma empresa de segurança, lugar que você deduz que tem gente armada, que tem câmeras de segurança, é difícil uma pessoa entrar lá para roubar apenas um celular. Mas foi a versão inicial dada pelo sócio que estava no local junto com ele”, contou o delegado.
Vítima iria desfazer sociedade no dia do crime
Depoimentos de testemunhas, laudos periciais e uma investigação aprofundada da equipe da Polícia Civil de Araucária, descobriram que Célio estava disposto a romper a sociedade com Everton, após desconfiar do caixa da empresa. Em áudios enviados à namorada, pouco antes do crime, a vítima confessou que havia algo errado no financeiro.
“Tá uma bagunça lá no extrato, comprando débito lá na conta e não me apresenta nota fiscal dessa compras que ele fez e não temos nem livro de caixa. Eu não acredito ainda que no valor de R$ 120 mil de arrecadação, agora aumentou, esse mês para R$ 130 mil, dá R$ 5 mil para cada um Carol, de lucro. Hoje a empresa tem lucro, então eu tenho que pedir um valor para ele, nem que eu peça um valor à vista e o restante me pague parcelado, mas eu quero pular fora”, falou a vítima em áudio para a namorada.
A mãe de Célio também contou que o filho iria desfazer a sociedade no dia 14 de março, dia do crime. “Naquele dia ele ia desmanchar a sociedade entre eles, é isso que eu sei. Daí assassinaram ele”, revelou Vera Lucia Padilha, mãe da vítima.
Após pedir a quebra do sigilo bancário, com ordem judicial, a investigação teve acesso às movimentações bancárias da empresa. Diante das provas, a polícia deixou de seguir a linha de latrocínio para o caso e revelou que o principal suspeito passou a ser o sócio Everton.
“A gente ouviu várias testemunhas, analisamos o laudos, laudo do IML e da criminalística, juntamos vários documentos neste inquérito, e segundo as testemunhas, tudo levava a crer que um dos sócios descobriu que o outro não estava utilizando a conta da empresa como deveria”, destacou o delegado.
Nesta semana, Everton teve a prisão temporária decretada. Entretanto, o suspeito segue negando o crime. Confira mais informações: