Trabalho voluntário: saiba como ajudar as pessoas durante a quarentena

por Carol Machado
da equipe de estágio RIC Mais, sob supervisão de Larissa Ilaídes
Publicado em 11 maio 2020, às 00h00.

No Brasil existem diversas pessoas em vulnerabilidade neste momento de pandemia. E o trabalho voluntário é uma maneira de prestar ajuda. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mais de 4 milhões de idosos vivem sozinhos no Brasil. E devido a pandemia do novo coronavírus não há possibilidade de visita-los.

E Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos 10 anos o número de pessoas com depressão aumentou 18,4%. No Brasil, cerca de 5,8% dos habitantes sofrem com o problema. E devido a pandemia este número pode aumentar.

Agora, é possível prestar trabalho voluntário mesmo sem sair de casa. A campanha #FiqueNoSofá, promovida pelo Atados, iniciativa que conecta pessoas à oportunidades de voluntariado em causas sociais, tem a intenção de incentivar o voluntariado à distância, ou seja, as pessoas podem ajudar sem sair de casa, direto de seus sofás.

Para isso, existe uma plataforma que reúne centenas de vagas online para que os voluntários possam se engajar em projetos relacionadas ao combate à pobreza, consumo consciente, cultura e arte, direitos humanos, educação, crianças, idosos, meio ambiente, cidadania, proteção, animais, saúde, pessoas com deficiência, política, jovens, mulheres, refugiados, LGBTQ+ e sustentabilidade.

“Nossa maior ferramenta de impacto para o momento é a solidariedade. O voluntariado é uma ótima oportunidade de compartilhar a missão de sua organização com outras pessoas, ampliando ainda mais sua rede. Por isso, aproveite um tempinho livre e se engaje em uma vaga de voluntariado à distância. Nesse momento tão delicado para todo o mundo, essa atitude ajuda a fortalecer o trabalho de muitos projetos sociais”, convida Daniel Morais, fundador do Atados.

Como fazer trabalho voluntário

Atualmente, a iniciativa disponibiliza centenas de oportunidades de vagas para voluntariado , sendo que muitas delas podem ser feitas completamente à distância. Confira a seguir algumas delas, escolha a que mais se encaixar ao seu perfil de solidariedade, inscreva-se e aguarde o contato da organização responsável. Depois, mãos à obra para iniciar o trabalho voluntário!

  • Escreva cartas à mão para idososQue tal reservar apenas duas horinhas da sua semana para escrever cartas motivacionais para um idoso? Durante a pandemia, muitos idosos se viram sozinhos e sem ninguém para conversar.Por isso, que tal resgatar o bom papel e caneta e escrever, à mão, uma cartinha para essas pessoas que não sabem – ou sequer tem acesso – à comunicação digital? Acredite, sua ação pode fazer o dia de muitos deles mais esperançosos.
  • Seja um vizinho solidárioEssa dica já é conhecida, mas sempre vale reforçar, pois é uma atitude que pode ser praticada por qualquer pessoa que esteja fora do grupo de risco: seja um vizinho solidário.É provável que no seu condomínio ou vizinhança haja uma pessoa que não pode se expor durante a quarentena. Por isso, vale se oferecer para ajudar em tarefas simples fazer compras no supermercado, feira ou farmácias, passear com os cachorros ou até mesmo dedicar 20 minutos para uma conversa por telefone. Essas pequenas ações podem minimizar os efeitos do tédio e solidão trazidos pelo confinamento.
  • Ajude quem não tem casaA orientação das autoridades é para ficarmos em casa e intensificarmos a higiene, principalmente das mãos, com água e sabão.Mas como ficam as pessoas em situação de rua, que não tem moradia para proteção ou acesso aos itens básicos de higiene para esse momento? Para ajudar, a dica aqui é criar um ponto de apoio para oferecer, gratuitamente, itens de higiene, alimentos e cartilhas para informar a essas pessoas sobre a Covid-19.

    Você pode buscar pontos de doação próximos à sua casa ou criar o seu ponto, que pode servir tanto para recolher doações quanto para a retirada. Um gesto simples e que vai mudar a vida de muita gente agora.

  • Ofereça companhia virtualSabemos que o Brasil abriga diversos imigrantes, entre eles, refugiados de diversas nacionalidades. Embora haja o sentimento de acolhimento, nesse período de distanciamento social muitos podem ser sentir sozinhos e perdidos, principalmente por estarem longe de suas famílias.Ou seja, essa é mais uma oportunidade de voluntariado: é seja uma companhia virtual por meio de videochamadas. Dessa forma, é possível conhecer diferentes histórias, oferecer apoio emocional e, de quebra, ajudá-los a melhorar a fluência no português.
  • Apoio psicológico é fundamentalUm dos reflexos mais comuns do confinamento são os impactos psicológicos, inclusive em crianças e idosos. Apoiar esses grupos é fundamental para que todos passem por esse período da melhor forma possível.No entanto, nem todos têm condições financeiras de buscar atendimento pago. Então, profissionais da saúde mental também podem contribuir dedicando alguns momentos para terapias online , que são ajudas valiosas nesse momento tão delicado.