Navio que tripulação comeu a si próprio antes da morte é encontrado

Publicado em 2 set 2019, às 00h00.

Uma tripulação comeu a si próprio antes da morte em um navio que partiu da Inglaterra, em 1845, e afundou no Canadá. Conhecido por HMS Terror, a história ficou conhecida pelos detalhes mórbidos no Ártico.

Tripulação comeu a si próprio no HMS Terror

A história do HMS Terror não é apenas assustadora, mas também lendária entre marinheiros e exploradores marítimos.

De acordo com a “lenda”, o navio partiu para explorar o Ártico, mas não conseguiu voltar.

Uma segunda expedição feita para encontrá-lo em 2008, mas o inesperado foi descoberto: a faminta, a tripulação comeu a si própria durante dois anos, antes de morrer de fome e frio.

Em 2016, finalmente foi descoberto o local definitivo onde o navio estava afundado, e agora, um submarino remotamente controlado começa a mostrar os restos da embarcação.

Navio era comandado por John Franklin

No comando do navio estava John Franklin, de 59 anos. Conforme registros, ele era um político falido com “reputação de provocar a barbárie”.

navio afundou

Foto: Reprodução/YouTube/CBC News

Ao todo, no navio eram 129 tripulantes, vários deles experientes nesse tipo de exploração, que tinha como objetivo encontrar uma rota apelidada de “Mar Polar Aberto”, que permitiria ir para o Pacífico.

Mas, essa passagem não era nada mais que uma suposição. A maior parte do Ártico é permanentemente congelado. Então, logo depois dessa descoberta, o responsável pela comida descobriu que as latas de ração não estavam adequadamente seladas, o que fez que uma grande porção de chumbo venenoso fatal contaminasse a comida.

O governo britânico chegou a enviar navios de resgate cinco anos depois, mas eles precisaram voltar após ficarem presos no Ártico.

Eles mostraram a Rae 30 corpos congelados, cujo conteúdo da chaleira e de pratos ao lado dele era pedaços de carne humana, o que acendeu a verdade: eles canibalizaram uns aos outros.

Apenas em 1859 teve-se a certeza de que todos os integrantes da tripulação estavam mortos, quando uma expedição patrocinada pelo capitão do HMS Terror encontrou mais 60 corpos numa área de 40 quilômetros quadrados.

A análise de diários encontrados e indicações de nativos mostrou que os últimos homens morreram no máximo dois anos após saírem da Inglaterra.