Vítimas do 'Doutor Bacana' receberão apoio de associações militares
As associações que representam os policiais e bombeiros militares do Paraná vão defender as policiais femininas que foram vítimas de assédio do então Tenente-coronel médico Fernando Dias Lima, conhecido como “Doutor Bacana”. No dia 24 de junho, ele foi absolvido pela Justiça Militar da acusação de atentado violento ao pudor e assédio sexual contra mais de 40 vítimas.
A entidade deve apresentar, nesta semana, um plano de ação com medidas que serão tomadas para garantir a devida defesa e a proteção das vítimas e suas famílias, e para que a justiça seja efetiva. Enquanto as vítimas recebem este apoio, o Ministério Público do Paraná (MPPR) vai recorrer da decisão que absolveu o militar.
As ações serão realizadas pela Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares Ativos Inativos e Pensionistas (AMAI), A Associação da Vila Militar (AVM), a Associação dos Oficiais Policiais e Bombeiros Militares do Estado do Paraná (ASSOFEPAR), o Clube dos Oficiais da PMPR, Sociedade Beneficente dos Subtenentes e Sargentos (SBSS) e Associação dos Policiais Militares do Litoral (APML), com o apoio dos assessores jurídicos das entidades.
Assédio
Os crimes aconteceram entre 2011 e 2018 durante atendimentos médicos realizados em consultórios da Academia Policial Militar do Guatupê, do 6º Batalhão de Polícia Militar e do 5º Comando Regional da Polícia Militar. As investigações sobre o caso tiveram início a partir de representação de uma das vítimas.
Mesmo afastado da função quando as investigações iniciaram, através de uma subalterna, o médico teria retirado documentos do seu consultório para suprimir provas. O processo tramita em sigilo na Vara da Auditoria da Justiça Militar Estadual.