Vizinho é inocentado após a Justiça descobrir que idosa foi morta por cães

por Caroline Maltaca
com informações do The Mirror e supervisão de Caroline Berticelli
Publicado em 8 nov 2021, às 16h13.

Antwon Burks, de 36 anos, foi considerado inocente depois que a Justiça americana descobriu que os responsáveis pela morte de Cecille Short, de 82 anos, na realidade eram os dois cães American Bully do suspeito que a atacaram brutalmente em abril de 2017. Após uma longa espera para o veredicto final, na última sexta-feira (5), novos esclarecimentos sobre o caso surgiram.

De acordo com as informações apuradas pelo jornal The Mirror, a atualização no caso se deu após os jurados terem visto fotos de um grande buraco na cerca de Burks. Ele, que é o ex-zagueiro do time de futebol americano do estado do Kansas, enfrentou quatro anos de prisão mesmo se declarando inocente desde o início.

Durante o processo, o advogado de Burks, Ed Blau, disse aos jurados que ele não poderia saber que seus cães matariam a idosa. Ao canal de TV Oklahoma News4, Blau afirmou:

“Eles foram comprados de um criador de renome. Eles foram bem treinados. Tivemos testemunhas após testemunhas que eles não achavam que algo assim poderia acontecer”,

disse Blau.

Acredita-se que Burks não estava em casa no momento do ataque. Conforme apontou uma testemunha do trágico acidente, Short foi “arrastada pela rua como um tapete” e, como resultado, teve os ossos quebrados, enquanto seu cachorrinho, Papilllon, foi dilacerado pelos outros dois cães.

Antwon Burks, ex-zagueiro ex-zagueiro de um time de futebol americano, era tido como suspeito (Foto: Cadeia do Condado de Oklahoma)

“Eram fofos”

No júri de Burks, os cães foram descritos como “super fofos” e sua criadora Krystina Shumate, chegou a chorar durante seu depoimento como testemunha de defesa.

“Fiquei absolutamente arrasada. Não pude acreditar. Isso não é algo que meus cães fazem. Não é algo que meus cães fazem”.

Diante das declarações que afirmavam que os cães não pareciam agressivos, o promotor argumentou que Burks não tinha conhecimento da natureza de seus dois cães e que, por isso, não havia tomado as medidas necessárias para confiná-los. Após a decisão que inocentou o americano Burks, o advogado Blau agradeceu aos jurados por encerrar uma longa espera de quatro anos por um veredicto e disse:

“Longas deliberações são dolorosas, mas isso significa que o júri estava examinando as evidências, lendo a lei e fazendo tudo o que podiam para chegar à decisão certa”,

disse o advogado do até então suspeito.