Neste domingo, ao meio-dia (de Brasília), a França enfrenta a Argentina pela grande final da Copa do Mundo de 2022. No estádio Lusail, a equipe francesa pode não só levar o tricampeonato, como também quebrar alguns jejuns históricos em Mundiais.

O primeiro deles é o de treinador bicampeão do torneio. O único que conseguiu o feito até o momento é Vittorio Pozzo, pela seleção da Itália, nas Copas de 1934 e 38. E lá se vão 84 anos sem ninguém conseguir repetir o feito. Deschamps pode fazê-lo no domingo.

O técnico já marcou seu nome na história da competição ao levantar o troféu como jogador (em 1998) e comandante (2018). Ele divide o feito com o brasileiro Zagallo e o alemão Franz Beckenbauer.

Quem chegou muito perto de atingir a dobradinha como treinador foi o próprio Zagallo, campeão em 1970 e vice em 1998. O argentino Carlos Bilardo, campeão 1986 e vice em 1990, e Beckenbauer, vice em 86 e campeão em 90, também bateram na trave.

A segunda marca que a França busca atingir é a de jogadores bicampeões mundiais. Até aqui, apenas 21 atletas conseguiram alcançar o feito. O recordista entre eles é o Rei Pelé, único a sagrar-se campeão mundial três vezes.

Caso a seleção francesa conquiste mais um título, dez novos jogadores, que também faziam parte do elenco em 2018, entrariam para o seleto grupo: os goleiros Hugo Lloris, Steve Mandanda e Alphonse Areola, os laterais Benjamin Pavard e Lucas Hernandez, o zagueiro Raphael Varane, o meia Antoine Griezmann e os atacantes Ousmane Dembélé, Olivier Giroud e Kylian Mbappé.

Dois atletas também podem entrar na lista daqueles que marcaram gols em duas finais de Copa: Griezmann e Mbappé. Eles já balançaram as redes na decisão de 2018, contra a Croácia, na Rússia, e querem se juntar a Vavá, Pelé, Paul Breitner e Zinedine Zidane.

Caso Mbappé ou Griezmann anotem dois tentos, podem também igualar a marca dos maiores artilheiros em decisões mundiais, com três gols. O posto é dividido entre Vavá, Pelé, Zidane e Geoff Hurst, o único a anotar um hat-trick em uma final de Copa.

A última escrita que pode ser quebrada pela França é a de seleções com dois títulos seguidos, algo que não acontece há 60 anos. A Argentina tentou após ser campeã em 1986, mas foi vice em 1990. O Brasil, campeão em 1994, também chegou perto, mas ficou com o segundo lugar em 1998. Agora, os franceses podem colocar fim no jejum.

Apenas duas vezes uma seleção foi bicampeã consecutiva na história dos Mundiais: a Itália, em 1934 e 38, e o Brasil, em 1958 e 62.

18 dez 2022, às 09h18. Atualizado às 10h15.
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