(Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira em vídeo transmitido em uma rede social que o Brasil chegou ao limite do endividamento para fazer frente aos impactos da pandemia de Covid-19 e disse pedir a Deus uma volta à normalidade.

“Sei que muitos cobram, querem coisa melhor, e alguns esquecem que estamos terminando um ano atípico onde nós nos endividamos em mais de 700 bilhões de reais para conter a pandemia, dar auxílio emergencial”, disse.

“Querem que a gente renove (o auxílio emergencial), mas a nossa capacidade de endividamento chegou ao limite”, acrescentou o presidente, reforçando a argumentação sobre a dificuldade de se prorrogar essa ajuda financeira.

“A gente pede a Deus que tudo volte à normalidade, faço um apelo a alguns governadores que teimam em fechar tudo, não deu certo, seis meses de lockdown não deu certo, que essa política não pode continuar dessa forma”, emendou.

O vídeo mostra o presidente, que passa o final de ano no litoral paulista, caminhando na praia até se reunir com um grupo de pessoas aglomeradas em uma cerca, a maioria delas não usando máscaras, assim como o presidente.

Na transmissão, Bolsonaro disse que “o povo está na praia e muitos vão falar que tem aglomeração”, acrescentando que é como ele “disse no começo, nós temos que enfrentar”. Bolsonaro diversas vezes já minimizou a pandemia, que matou mais de 192 mil pessoas no Brasil.

O presidente voltou a defender que se tome conta dos idosos e de quem tem comorbidade, mas que é preciso “tocar a vida”.

“A economia tem que estar de mãos dadas com a vida”, disse.

(Por Eduardo Simões e Ricardo Brito)

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30 dez 2020, às 12h49. Atualizado às 12h50.
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