PARIS (Reuters) – O Carrefour, maior varejista de alimentos da Europa, não vê grandes oportunidades de aquisição na França e não considera o rival Casino como um possível alvo de compra, disse o presidente-executivo do Carrefour, Alexandre Bompard, nesta segunda-feira. “Não vemos oportunidades de nos fortalecermos na França. Não existe conversa sobre o Casino e discussões para grandes aquisições no país”, disse Bompard à TV BFM. O Casino controla o grupo brasileiro GPA. Executivos do Carrefour disseram na semana passada que estavam “altamente confiantes” de que poderiam acelerar o desempenho do grupo, mesmo sem uma fusão com a canadense Alimentation Couche-Tard. “O episódio Couche-Tard ficou para trás. A página foi virada. Estamos de volta à ofensiva e continuaremos a nos desenvolver”, disse Bompard à BFM. O negócio com a Couche-Tard, no valor de cerca de 20 bilhões de dólares, foi bloqueado pelo governo francês, que considera o setor varejista de alimentos de importância nacional estratégica. “O Carrefour é uma empresa magnífica, mas não uma empresa ‘soberana’. Ninguém pode acreditar que a soberania da França depende do setor de varejo. Fármacos, defesa, esses são setores de soberania, mas não de varejo. Este argumento não é o certo”, disse Bompard.

(Por Dominique Vidalon)

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22 fev 2021, às 12h06. Atualizado às 12h10.
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