Por Nicolás Misculin

BUENOS AIRES (Reuters) – O presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse nesta segunda-feira que não quer apressar um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), em meio a temores de que o prazo previamente marcado de maio para se chegar a um acordo não seja cumprido.

Fernández, dirigindo-se ao Congresso do país, disse que a Argentina também iniciará uma ação judicial para investigar o acordo do governo anterior com o Fundo, que ele criticou anteriormente por exacerbar os níveis de dívida.

“Continuaremos nossas negociações com foco total e com a firmeza que sempre demonstramos, não queremos pressa”, disse Fernández, acrescentando que o foco do governo é retomar o crescimento fortemente atingido pela pandemia de coronavírus.

“A única pressa de nosso governo é para retomar a produção e o emprego para melhorar a situação de milhões de famílias argentinas que estão mergulhadas no poço da pobreza.”

O governo da Argentina, que inicialmente pressionou por um acordo rápido com o FMI, recentemente sinalizou sua disposição a esperar até o final do ano, preocupando os investidores que veem um acordo como a chave para restaurar a estabilidade econômica.

A Argentina reestruturou quase 110 bilhões de dólares em dívida em moeda estrangeira com credores privados no final do ano passado, o que ajudou a curar o nono default soberano do país.

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1 mar 2021, às 14h11. Atualizado às 14h15.
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