Por Susanna Twidale

LONDRES (Reuters) – Uma recuperação na demanda global de gás para 2024, seguida da queda recorde no ano passado, deve tirar o mundo da trajetória para a meta mundial emissões liquídas zero até 2050, afirmou a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) nesta segunda-feira.

Mais de 190 países assinaram o acordo de Paris com o intuito de limitar o aquecimento global para 1,5 grau Celsius, o que irá exigir uma grande redução no uso de combustíveis fósseis, como carvão e gás

“A demanda de gás natural deve obter uma forte recuperação em 2021 e irá continuar avançando ainda mais caso os governos não implementem fortes medidas para direcionar o planeta em um caminho para emissões zero, até a metade do século”, disse a IEA na sua última projeção de gasolina.

A demanda de gás em 2021 deve avançar 3,6%, com a recuperação da economia mundial seguida de uma queda recorde em 2020, devido às restrições para limitar o avançar do coronavírus.

De 2022 a 2024 o crescimento da demanda deve estar na média de 1,7% por ano, o que significa que a demanda de gás seria muito alta para trajetória prevista pela IEA para a meta de emissão global zero até 2050.

A IEA em maio publicou um caminho para o setor de energia atingir a meta de emissões liquidas zero e afirmou que os investidores não deveriam financiar projetos de novas ofertas de petróleo, gás e carvão.

Porém a nova demanda poderia ser atingida por projetos já aprovados ou sob desenvolvimento antes da pandemia, afirmou o último relatório.

(Reportagem de Susanna Twidale)

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5 jul 2021, às 17h11. Atualizado às 17h15.
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