UFPR investiga mensagens nazistas em grupo do curso de medicina

Instituição diz que vai ouvir os envolvidor e na sequência propor uma possível punição. O diretório acadêmico de Medicina afirmou que vai tomar as medidas cabíveis.

Publicado em 1 maio 2024, às 22h10. Atualizado em: 2 maio 2024 às 21h10.
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Um áudio com uma saudação fazendo apologia ao nazismo enviado em um grupo de mensagens de alunos de Medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR) está sendo investigado pela própria instituição.

Não é o primeiro caso de mensagens com cunho nazista ou racista que a UFPR precisa investigar (Foto: Reprodução)

A mensagem foi compartilhada depois que um outro estudante criticou que não havia negros na recepção de calouros.

Na mensagem compartilhada o aluno diz “não tem um preto no rolê de vocês. Medicina é cheia de boys”. Foi em resposta a essa publicação que um áudio com a saudação nazista “Heil Hitler” foi compartilhado.

O Grupo RIC conversou com um estudante que participa do grupo de mensagens. Segundo o aluno, foi pedido para que os integrantes tomassem cuidado e pagassem leve nas manifestações naquele espaço. Logo na sequência, enviaram o áudio com apologia ao sistema que defendia o antissemitismo. Também de acordo com este entrevistado, houve revolta por parte de toda a turma de medicina.

Os estudantes que participam do grupo expõe que também ocorrem manifestações em tons racistas e que reverberam outros tipos de preconceito. “Vários alunos começaram a comentar sobre o assunto. Inclusive, alunos que são pessoas com deficiência. Em grupos paralelos falaram de forma discriminatória que havia sido aberta a porta da APAE. Se referindo de uma forma vexatória a essa instituição”, diz o universitário.

UFPR já teve outros processos por apologia ao nazismo

Esse não é o primeiro caso de mensagens de cunho nazistas que são divulgadas em grupos de estudantes da UFPR. Em 2023, um aluno foi expulso do curso de Direito por ter enviado áudios com conteúdo racista, homofóbico e com apologia ao nazismo.

A polícia investiga outra situação envolvendo um aluno de um colégio particular de Curitiba que, segundo a denúncia, era alvo de palavras racistas por conta da cor da pele. O menino também recebia ameaças de agressões físicas, inclusive por grupos de mensagens e nos cadernos.

Em Pinhais, na Região Metropolitana da capital, um professor usava as redes sociais para fazer apologia ao nazismo. O docente lecionava em duas instituições da rede estadual e foi afastado das funções.

Investigações na Federal estão em sigilo

O diretório acadêmico, que representa os estudantes de Medicina da UFPR, divulgou nota repudiando os acontecimentos e afirmando que tomará todas as medidas cabíveis contra os alunos envolvidos.

Já a UFPR reforçou que o processo passa por investigação e que a comissão disciplinar deve ouvir os envolvidos e na sequência propor uma possível punição. Segundo a instituição, o processo corre em sigilo para proteção das testemunhas.

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