Julgamento do Caso Moro chega ao fim com 5 votos a 2 pela absolvição
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), Sigurd Roberto Bengtsson, acompanhou o relator Luciano Carrasco Falavinha de Souza e votou pela não procedência das ações do PT e PL que apontavam que o senador Sergio Moro (União-PR) cometeu abuso de poder econômico na pré-campanha de 2022. Com o voto do presidente da corte, o julgamento foi encerrado em 5 a 2 pela absolvição.
Este foi o quarto dia de julgamento e contou com a apresentação dos três últimos votos para fechar o caso na corte paranaense. Este dia de julgamento começou pouco depois das 14h, com leitura do voto do desembargador Julio Jacob. Após cerca de duas horas, ele confirmou o segundo voto pela cassação de Moro, levando o placar a 3×2.
Na sequência, foi realizado um intervalo de quase uma hora de duração, para descanso. A sessão foi retomada 17h35.
No retorno do julgamento, votou o desembargador Anderson Ricardo Fogaça, que entendeu que não houve crime na conduta de Moro na pré-campanha, levando o placar a 4 a 2.
Por fim, o desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, presidente do TRE-PR, é o último a votar.
Votação do julgamento de Sergio Moro
Veja como está a votação, com o placar de 4 a 2 pela absolvição.
Votaram pela absolvição de Sergio Moro:
Luciano Carrasco Falavinha de Souza
Claudia Cristina Cristofani
Guilherme Frederico Hernandes Denz
Anderson Ricardo Fogaça
Sigurd Roberto Bengtsson
Votou pela cassação de Sergio Moro:
José Rodrigo Sade
Julio Jacob Junior
Entenda a ação que levou ao julgamento de Moro
A ação contra Moro foi movida pela Federação Brasil da Esperança (FE Brasil), que une o PT, PV e PC do B, e pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ex-juiz da Lava Jato também foi acusado dos crimes de caixa 2 e de uso indevido de meios de comunicação e de assinatura de contratos irregulares.
Os partidos alegaram que Moro teria gasto mais de R$ 2 milhões na pré-campanha para presidente e que isso o teria favorecido na campanha para senador no Paraná, em 2022, tendo mais visibilidade que outros candidatos.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) do Paraná defendeu, em dezembro de 2023, a cassação
do mandato de Moro. O órgão se manifestou a favor da perda do mandato por abuso de poder econômico.
Se tivesse sido cassado pelo TRE-PR, o senador poderia ficar inelegível por oito anos após o trânsito em julgado. A federação PT, PV e PC do B, o partido PL e o Ministério Público do Paraná afirmaram que vão recorrer da decisão da corte eleitoral.
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