Câmara de Pontal deve arquivar processo contra prefeito após desabamento de mercado

Rudão Gimenes também não foi indiciado pela Polícia Civil na investigação que apura as responsabildiades no desabamento.

Publicado em 2 maio 2024, às 18h39. Atualizado às 19h13.

A Câmara de vereadores de Pontal do Paraná deve arquivar o processo contra o prefeito Rudão Gimenes (MDB), acusado de quebra de decoro por participar da pré-inauguração do mercado que desabou na cidade, matando três pessoas.

A Câmara não vai avançar no processo contra o prefeito Rudão Gimnes por quebra de decoro (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

O voto do relator Marcelo da Saúde (MDB) foi protocolado na casa de leis na segunda-feira (29) e será analisado na próxima semana, no dia 7 de maio.

Além de considerar que o prefeito não será punido, apesar de ter participado do evento, o relatório deve pedir também a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para levantar documentos sobre o acidente e, ao fim dos trabalhos, será enviado um parecer ao Ministério Público do Paraná (MPPR).

Segundo vereadores ouvidos pela reportagem, o prefeito cometeu irregularidade ao participar de um evento com explícito teor eleitoral, em um período de pré-campanha, mas a denúncia que chegou à casa foi considerada “fraca” e não teria possibilidade de receber apoio de 8 dos 11 vereadores.

Além disso, a oposição estuda protocolar um pedido de impugnação da candidatura assim que Rudão Gimenes apresentar os documentos para a reeleição. O argumento das lideranças do grupo político adversário é que o atual mandatório cometeu abusos ao participar da pré-inauguração e aproveitou a visibilidade para realizar um ato de campanha em um momento não autorizado pela legislação eleitoral.

Câmara aprovou abertura de comissão processante por 6 a 4

Em março, a Câmara de Vereadores abriu a comissão processante por suposta prática de infrações político-administrativas por parte do gestor municipal.

O pedido de investigação foi protocolado por um morador do município que justificou que o dono do estabelecimento, Eduardo Dalmora, afirmou durante a pré-inauguração que o local teve o início das operações antecipadas para que Rudão pudesse participar da cerimônia. O mercado estava sem alvará de liberação, conforme informado pelo Corpo de Bombeiros.

Na sessão da Câmara, o resultado final foi de 6 votos a favor da abertura de comissão processante, 4 contrários e uma ausência.

A comissão processante contra o prefeito de Pontal do Paraná é composta pelos vereadores Marco Rocha (Solidariedade), que ocupa a presidência; Marcelo da Saúde (PSB), ficou como relator; e Paulo Parada (PDT), que ficou definido como membro do colegiado.

Rudão Gimenes também não foi indiciado pela Polícia Civil na investigação que apura as responsabildiades no desabamento. Segundo as autoridades, o proprietário da construtora, o dono do supermercado e um fiscal da obra foram indiciados por três homicídios culposos e lesões corporais.

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