Suspeitos de ligação com grupo terrorista têm entre 20 e 40 anos, diz juiz
Juiz concedeu entrevista coletiva na tarde desta quinta (21) na Justiça Federal de Curitiba (Foto: Mauricio Freire/RICTV Record)
Em entrevista coletiva nesta quinta (21), juiz federal afirmou que um dos presos é da Região de Curitiba, tem 21 anos e está detido na Superintendência da PF
Em uma entrevista coletiva, realizada na Justiça Federal, em Curitiba, na tarde desta quinta-feira (21), o juiz da 14ª Vara da Justiça Federal do Paraná, Marcos Josegrei da Silva, afirmou que os suspeitos presos na Operação Hashtag, por terem ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), têm entre 20 e 40 anos. Um dos jovens mora na Região Metropolitana da capital paranaense, tem 21 anos e está detido na Supertintendência da Polícia Federal (PF). O juiz, no entanto, disse não ter certeza se o suspeito era o líder da célula.
“Não há uma organização entre eles, por isso é difícil falar em liderança. Também não se sabe se eles já faziam parte da célula islâmica ou se pretendiam entrar no grupo”, falou.
Na manhã desta quinta, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, emitiu 12 mandados de prisão a serem cumpridos em dez estados brasileiros. A operação foi decidida após os grupos iniciarem atos preparatórios para possíveis ataques de terrorismo durante os jogos olímpicos no Rio de Janeiro. Dez dos 12 mandados foram cumpridos.
De acordo com Marcos Josegrei da Silva, as investigações começaram em abril de 2016 e dois dos presos tinham passagem na polícia por homicídio.
Conforme o juiz, aparentemente, nenhum dos suspeitos tem ascendência árabe, porém todos utilizavam nomes árabes nas redes sociais onde postavam vídeos de execuções públicas.
“Eles faziam postagens e manifestações relacionadas a grupos islâmicos nas redes sociais. A PF apresentou provas e elementos que envolvem conversas em aplicativos de mensagens”, ressaltou Marcos.
Esse é o primeiro inquérito policial instaurado para investigar crimes de terrorismo com base em uma nova lei sancionada em março deste ano, segundo o juiz. “Em investigações de crimes graves, como é o caso, são usadas técnicas recentes de investigação utilizadas por autoridades mundiais”, falou.
