Tradicional na mesa do brasileiro, pão é alimento para todos os tipos de paladar
No Rio Grande do Sul ele é conhecido como cassetinho, já no Ceará leva o nome de carioquinha, em Minas Gerais é chamado de Pão de Sal, já no Paraná ele é intitulado como pão francês.
Independente do nome que leva, o alimento sempre está presente na maioria das mesas dos brasileiros. E era ele que Eliana Maria Lopes consumia todas as manhãs, no entanto a cerca de cinco anos essa rotina teve que ser interrompida. No início houve até a suspeita de doença celíaca (intolerância ao Glúten), que foi descartada após exames.
“Eu não conseguia mais comer muito pão feito com farinha industrializada, porque me inchava muito estômago, doía a barriga e provocava gases. Eu perguntei para o nutricionista, ele falou que às vezes a pessoa não tem intolerância ao glúten. Tem tolerância aos químicos que tem na farinha industrializados, resquícios de agrotóxicos. Foi bem interessante perceber isso no meu corpo biológico.”
Diante da negação do corpo, Eliana que já consumia produtos orgânicos, decidiu plantar o trigo, fazer a própria farinha e consumir o pão feito em casa, com fermento de batata. “Eu comecei a comer o pão que a gente produz no sítio com medo, pensando ai que dó não posso comer nem meu próprio trigo, né? Porque vai me fazer mal, mas aí não fazia, e eu descobri que não fazia mesmo.”
Escolha correta
No mundo existem inúmeros tipos de pão que são comercializados. O alimento é tão importante na culinária mundial que no mês de outubro ganhou um data só para ele. O dia 16 de outubro é o Dia Mundial do Pão. A comemoração foi instituída em 2000, em Nova York, pela União dos Padeiros e Confeiteiros.
Mesmo sendo um dos alimentos que mais está presente no café da manhã da população, algumas dúvidas surgem em relação ao consumo. A mais questionada é sobre o alimento ser um grande aliado para o aumento de peso.
“Diferente do que muitas pessoas pensam, não é preciso cortar o pão para emagrecer. O grande segredo de todo processo de emagrecimento, está no equilíbrio, e não na privação ou proibição total de qualquer tipo de alimento, inclusive o pão. O pão não é vilão da alimentação, desde que seja ingerido em horários e quantidades corretas”, explicou a nutricionista Val Volkmann.
Integral, caseiro, de leite, de fubá, sem glúten são algumas das opções encontradas nas panificadoras e mercados. A nutricionista enfatiza que cada um deve encontrar o que melhor se encaixa na sua rotina.
“Se pensarmos em esportes, o pão pode ser um aliado para atletas, pois é fonte de carboidratos, macronutrientes que são nossos combustíveis e armazenam energia. A base da receita é farinha de trigo, a integral ou sem glúten e a partir delas podem surgir diversos tipos de pão, com variações no método de fermentação e na adição de outros ingredientes, que podem ser colocados na alimentação diária” finalizou.