Dia Mundial do Café: Brasil é o segundo país que mais consome café do mundo

Publicado em 14 abr 2019, às 00h00.

No Dia Mundial do Café, é interessante saber que o Brasil é o segundo maior consumidor da bebida do mundo.

Na primeira refeição do dia, durante o horário de trabalho ou até com eventos especiais nos fins de semana, o produto faz parte da rotina e da história de milhares de brasileiros.

Dia Mundial do Café: paixão inexplicável

De acordo com Victor Ávila, barista e dono de uma cafeteria em Brasília, as pessoas nem conseguem entender porque tomam café. “Mas tomam todos os dias”.

Já para a médica Camila Damasceno, o café a traz memórias afetivas. “Lembro dos lanches na casa das minhas avós; de acordar com o cheirinho do café passado por minha mãe”.

A servidora do Banco do Pará, Salete Gomes, tem o mesmo hábito, e consome a bebida diariamente.

No fim de semana, ela tenta tomar apenas após o almoço, mas durante a semana não consegue ficar sem. “Normalmente quando não tomo café pela manhã sinto dor de cabeça”.

Consumo de café

Conforme a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o consumo médio anual por pessoa é de seis kg de café cru e 4,8 kg de café torrado e moído.

De acordo com dados mais atualizados da Abic, a produção nacional chegou a 21 milhões de sacas em 2018 – considerado o período entre novembro de 2017 e outubro de 2018.

A soma representou aumento de 5% em relação aos doze meses anteriores, período no qual foi registrada a produção de 20 milhões de sacas.

A associação ressalta que o desempenho foi importante, considerando que houve uma baixa entre 2016 e 2017 da oferta do grão em razão de uma seca que atingiu a plantação do produto.

No consumo per capita, a variação entre os dois períodos foi de 4,65 kg para 4,82 kg de café torrado e moído.

A análise da evolução é complexa, já que a entidade alterou a metodologia – deixando de considerar as sacas de empresas não cadastradas.

Entretanto, na série histórica, o Brasil teve uma boa evolução nos anos 2000, saindo de 13 milhões para 20 milhões de sacas em 2011. Depois disso, o país vem mantendo esse patamar.

Em seguida, vem o grão torrado, com 18%. As cápsulas, cada vez mais disponíveis em supermercados, representavam somente 1% do total no ano do levantamento.

De acordo com a Abic, há uma demanda maior por cafés de qualidade.

Segundo estatísticas, na análise dentro da “categoria de qualidade”, o “gourmet” teve participação de 6% em 2016.

a projeção da associação é que seu peso no mercado chegue a 12% neste ano.

Dia Mundial do Café: novas variedades

Para Vitor Ávila, as pessoas estão começando a entender que café pode ser mais complexo do que vinho ou cerveja.

“A gente é o maior produtor de café, mas não somos o produtor de café especial do mundo. O Brasil está se encaminhando para ser um dos maiores do mundo”, acredita Ávila.

Impactos na saúde

A nutricionista Valéria Paschoal explica que os efeitos do café na saúde são diferentes em cada pessoa.

“Há pessoas que tomam o café e pequenas quantidades têm impacto na saúde, como maior hiperatividade ou dificuldade de relaxamento, mas é coisa individual”.

Conforme Valéria, estudos mostram que 360 miligramas – o equivalente a seis xícaras, não tem consequência na saúde.

Para avaliar se o consumo acima desses parâmetros terá impactos negativos, é preciso averiguar diferentes elementos e características.

De acordo com o metabolismo, as pessoas podem ou não sentir reações. Uma quantidade acima pode prejudicar a absorção do cálcio, facilitando a ocorrência do osteoporose, por exemplo.

Por fim, Váleria sugere o consumo do café orgânico, e no preparo coado. “Este é o mais saudável”, recomenda.