O interesse pela política está com os dias contados?

Comunicação & Futuro

por Leonardo Petrelli
Publicado em 15 abr 2022, às 09h30. Atualizado em: 14 abr 2022 às 16h05.

Um vídeo que viralizou na internet há um tempo mostra de forma bem clara e, porque não dizer, escrachada sobre o risco que corremos de “comer m*” (isso mesmo que você leu!) quando decidimos nos abster em uma votação. (Para quem quer conferir, deixo o link.

E, como 2022 é um ano decisivo, esse conteúdo torna-se ainda mais atualizado. Em meio a um cenário político incerto e, ao que tudo indica, com figuras carimbadas mais uma vez, muitas pessoas já emitem sua – falta de – vontade de participar das votações.

Um grupo significativo de jovens pode ser decisivo neste momento. Acontece que, ao que tudo indica, estes mesmos jovens não estão muito interessados na participação política, exercendo seu direito ao voto. Em uma década, o número de adolescentes brasileiros entre 16 e 17 anos que emitiram seu título de eleitor teve uma queda de 82%. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e despertaram uma verdadeira preocupação, afinal, será que o interesse pela política ou pela participação na democracia, especialmente entre a nova geração, está com os dias contados?

O levantamento assustou os órgãos máximos do Poder que passaram a realizar campanhas até com influencers e personalidades famosas sobre a importância de emitir seu documento e, mais do que isso, de utilizá-lo no dia das eleições.

Em partes, parece que a movimentação deu certo. Durante a Semana do Jovem Eleitor, promovida pelo TSE entre os dias 14 e 18 de março deste ano, foram emitidos quase 100 mil novos títulos em todo o Brasil e no exterior para jovens com 15 a 18 anos.

Apesar disso, o número ainda é baixo e nos motiva a incentivar um grupo que é ativo e que possui em suas mãos a informação de forma acessível. É essencial que os jovens se manifestem, mas que, antes de tudo, busquem conhecer o histórico dos candidatos que concorrem às eleições em 2022.

Sabemos que informação é poder, mas, se nos abstermos de nossas escolhas, podemos acabar comendo o que não queremos pelos próximos quatro anos. E aí, não adianta chorar e nem lamentar.

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