Caso Daniel: Júri popular da família Brittes começa nesta segunda (18)

Publicado em 18 mar 2024, às 07h17. Atualizado às 12h43.
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O júri popular dos sete réus envolvidos no caso da morte do jogador Daniel Corrêa Freitas começa nesta segunda-feira (18), em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Além da família Brittes, formada por Edison, Cristiana e a filha Allana, sentarão no banco dos réus os amigos: Eduardo Henrique da Silva, David Willian Vollero Silva, Ygor King e Evellyn Brisola Perusso.

O júri popular está marcado para iniciar às 8h30, no Tribunal do Júri de São José dos Pinhais. O julgamento acontece cinco anos após o crime que chocou o Paraná. O jogador de futebol foi encontrado morto com marcas de agressão, um corte no pescoço e o órgão genital decepado.

Jogador Daniel Corrêa foi encontrado morto na manhã do dia 27 de outubro de 2018
Jogador Daniel Corrêa foi encontrado morto na manhã do dia 27 de outubro de 2018 (Foto: Divulgação)

Para o julgamento que começa nesta segunda, 40 testemunhas foram arroladas para depor no Tribunal do Júri. Ainda, pelo menos 16 advogados estão trabalhando no caso. Durante o decorrer do processo, quatro juízes declararam suspeição: Luciani Regina Martins de Paula, Diego Paolo Barausse, Marcos Takao Toda e Guilherme Moraes Nieto, e foram afastados do caso. Com isso, quem irá julgar os réus é o quinto juiz determinado, o magistrado Thiago Flôres Carvalho. Em fevereiro de 2024, ele definiu a data do júri para 18 de março.

Entre os réus apenas dois seguem presos: Edison Brittes e Eduardo da Silva. O patriarca da família Brittes está preso desde 1º de novembro de 2018, cinco dias após o assassinato do atleta. Já Eduardo foi preso poucos dias após o crime, ganhou liberdade em setembro de 2019, porém, está preso por suspeito de tráfico de drogas, em Foz do Iguaçu.

Cristiana, Edison e Allana Brittes, são réus do julgamento, além de outros quatro amigos
Cristiana, Edison e Allana Brittes, são réus do julgamento, além de outros quatro amigos (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

Caso Daniel – relembre o crime

Daniel morava em São Paulo e jogava pelo time Esporte Clube São Bento (SP) em 2018. O jogador viajou para Curitiba, onde já tinha morado durante passagem pelo Coritiba Foot Ball Club, em outubro. No dia 26, foi até uma balada sertaneja para comemorar o aniversário de 18 anos da então amiga Allana Emily Brittes. Em 2017, Daniel já tinha comparecido ao aniversário de 17 anos de Allana.

Edison Brittes Júnior e Cristiana Brittes, pais de Allana, também estavam na balada. Já na madrugada do dia 27 de outubro, a família e amigos de Allana decidiram estender a comemoração e alguns convidados foram até a casa da jovem, incluindo Daniel.

Registro da família Brittes durante a festa de 18 anos de Allana
Registro da família Brittes durante a festa de 18 anos de Allana (Foto: reprodução/ Redes Sociais)

Na residência, em São José dos Pinhais, Daniel enviou um áudio em um grupo de amigos falando que estava no local e que havia várias mulheres. Depois, o jogador Daniel mandou uma foto ao lado de Cristiana, com a mulher desacordada, na cama do quarto da mulher.

Este foi o último contato de Daniel com os amigos. Com o desaparecimento do jovem, familiares ficaram desesperados e chegaram a contatar Allana, que afirmou que não sabia de nada.

Segundo o depoimento de Edison Brittes, ele ouviu a esposa gritando no quarto e, ao chegar, percebeu que a porta estava trancada. O suspeito relatou que arrombou a porta, encontrou Daniel em cima de Cristiana e começou as agressões. Daniel foi espancado na casa, colocado no porta-malas do carro de Edison e levado até um matagal. Além de Edison, três amigos de Allana, David William Vollero Silva, atual marido da jovem, Eduardo Henrique Ribeira da Silva e Ygor King também entraram no carro.

Corpo do jogador Daniel foi encontrado em um matagal na Colônia Mergulhão, em São José dos Pinhais
Corpo do jogador Daniel foi encontrado em um matagal na Colônia Mergulhão, em São José dos Pinhais (Foto: Divulgação)

Allana, Cristiana, e uma amiga de Allana, Evellyn Brisola Perusso, ficaram em casa. A residência foi limpa e Evellyn contou em depoimento que só foi liberada após fazer almoço para a família. Em um matagal na Colônia Mergulhão, em São José dos Pinhais, o jogador Daniel teve o pescoço cortado e o pênis decepado. Em novembro, Edison Brittes confessou o assassinato e foi preso. Ele permanece detido desde então, há cinco anos.

Veja os crimes que cada réu do caso Daniel responde

  •  ALLANA EMILLY BRITTES: fraude processual; corrupção de menor; coação no curso do processo.
  • CRISTIANA RODRIGUES BRITTES: homicídio qualificado (motivo torpe); fraude processual; corrupção de menor; coação no curso do processo.
  • DAVID WILLIAN VOLLERO SILVA:  homicídio qualificado (pela torpeza do motivo, pelo emprego de tortura ou outro meio insidioso ou cruel, e pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima); ocultação de cadáver; fraude processual.
  • EDISON LUIZ BRITTES JUNIOR: homicídio qualificado (pela torpeza do motivo, pelo emprego de tortura ou outro meio insidioso ou cruel, e pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima); fraude processual; corrupção de menor; coação no curso do processo; ocultação de cadáver.
  • EDUARDO HENRIQUE RIBEIRO DA SILVA: homicídio qualificado (pela torpeza do motivo, pelo emprego de tortura ou outro meio insidioso ou cruel, e pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima); ocultação de cadáver; fraude processual; corrupção de menor.
  • EVELLYN BRISOLA PERUSSO: fraude processual.
  • YGOR KING: homicídio qualificado (pela torpeza do motivo, pelo emprego de tortura ou outro meio insidioso ou cruel, e pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima); ocultação de cadáver; fraude processual.

Acompanhe o julgamento do Caso Daniel em tempo real.

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